quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Qualidades de um bom Catequista

1. O catequista deve ter uma espiritualidade profunda de adesão a Jesus Cristo e à Igreja. Deve testemunhar por sua vida, seu compromisso com Cristo, a Igreja e sua comunidade. Deve ser uma pessoa de oração e alimentar sua vida com a Palavra de Deus.



2. Deve ser uma pessoa integrada na sua comunidade. A catequese, hoje, deve ser comunitária.

3. O Catequista precisa de uma consciência crítica diante de fatos e acontecimentos. Deve levar a comunidade à reflexão sobre a sua realidade, à luz da Palavra de Deus.

4. Ter sempre uma atitude de animador. Saber ouvir e dialogar, caminhando junto com a comunidade.



5. O catequista deve conhecer a fundo a mensagem que vai transmitir. Deve conhecer a Bíblia e saber interpretá-la; deve saber ligar a vida à Palavra de Deus e vice-versa.






6. O catequista precisa ter também certas qualidades “humanas”:
ser uma pessoa psicologicamente equilibrada;
saber trabalhar em equipe, ter uma certa liderança e ser criativo;
ser uma pessoa responsável e perseverante. Responsabilidade e pontualidade são necessárias;
ter amor aos catequizandos e ter algumas noções de psicologia, didática e técnica de grupo;
sentir dentro de si a vocação de catequista.

7. O catequista deve cuidar constantemente da sua formação. Nunca pode dizer que está pronto para
sua tarefa. Precisamos de uma formação permanente:
através de dias de encontro, reflexão e oração com os catequistas da sua comunidade;
* planejando e programando junto com os outros, ajudando-se assim mutuamente;
* participando de cursos dentro da própria comunidade ou paróquia,ou fora;
* lendo bastante, atualizando-se sempre, estudando os documentos da Igreja sobre catequese e outros assuntos atuais;
* formando o grupo dos catequistas.

8. Outras qualidades:
Ninguém nasce catequista. Aqueles que são chamados a esse serviço tornam-se bons catequistas através da prática, da reflexão, da formação adequada, da conscientização de sua importância como educadores da fé.
O catequista exerce um verdadeiro ministério, isto é, um SERVIÇO. E como nos diz o documento Catechesi Tradendae (A Catequese Hoje) a “atividade catequética é uma tarefa verdadeiramente primordial na missão da Igreja”.
O catequista não age sozinho, mas em comunhão com a Igreja, com o grupo de catequistas.
O grupo de catequistas expressa o caráter comunitário da tarefa catequética.
E com o grupo que ele revê suas ações, planeja, aprofunda os conteúdos, reza e reflete.
O catequista necessita das seguintes qualidades:
• Ser uma pessoa com equilíbrio psicológico;
• Ter capacidade de diálogo, criatividade e iniciativa, saber trabalhar em equipe;
• Ser perseverante, pontual e responsável;
• Ser participativo, engajado nas atividades da paróquia, da comunidade e ter espírito de serviço;
• Ter vida de oração, leitura e meditação diária da Palavra de Deus;
• Ter espírito crítico e discernimento diante da realidade;
• Ser capaz de respeitar a individualidade de cada pessoa.
Isso não significa que exista uma pessoa que tenha todas essas qualidades, mas que devemos procurar desenvolvê-las no nosso dia-a-dia, pois se somos chamados, escolhidos por Jesus, Ele nos dá a graça para alcançá-las.”

9. Uma paróquia onde não se prega a vivência de Jesus Vivo e Sacramentado e sim um Cristo histórico, como numa escola de catecismo, sem a preocupação de se criar um amor entre o catequizando e Deus.
Veja que o que é proposto pelas diretrizes, digamos, é o modelo ideal, o ápice de uma catequese renovada e cumpridora do papel de evangelizadora. E, neste ponto, entramos num campo mais delicado e surge uma dúvida: ‘Como praticar e ser fiel a este modelo?’
Acredito que para começarmos a alcançar esta meta é necessário insistir na:
HUMILDADE e MISERICÓRDIA

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SUGESTÕES DE RECURSOS A SEREM USADOS NOS ENCONTROS DE CATEQUESE

1.   Quadros, Fotos e Gravuras
Quadros
Dentro desta categoria está tanto o tradicional quadro-de-giz quanto o mais atual quadro imantado.
Esses recursos oferecem muitas possibilidades de uso no desenvolvimento de uma aula, são fáceis de apagar e não exigem habilidade especial para usá-los.Apresentam, também, características didaticamente valiosas e consideráveis.
Vantagens práticas, a saber:
a)    Não necessitam de eletricidade e se prestam a múltiplas condições ambientais;
b)    São fáceis de usar;
c)    Não requerem realizações elaboradas.
Mural
Pode ser de madeira ou papelão, mesmo sendo muito simples, deve ser atraente. A idéia central a ser transmitida deverá sobressair, os elementos devem apresentar harmonia e coerência. O conteúdo deve ser ilustrado, utilizando-se gravuras, fotos, desenhos ou trabalhos feitos pelas próprias crianças.
Álbum Seriado
O álbum seriado consiste em uma coleção de folhas de papel, em geral de grandes dimensões, dispostas em um cavalete de madeira e presas a ele por meio de parafusos ou ganchos. Nele podem ser escritos roteiros ou coladas fotos e/ou gravuras.
Maquetes
A maquete pode ser confeccionada utilizando-se diversos materiais: caixas vazias, copos plásticos, palitos, areia, cartolina, dentre outros. Ela deverá ser construída sobre uma prancha de papelão, mesa ou dentro de uma caixa.
Quebra-Cabeça
Poder ser confeccionado com caixas de pasta de dente, caixas de fósforo ou papel cartão. O quebra-cabeça é um recurso muito bom para trabalhar com memorização de versículos.
Quadro de Perguntinhas
O quadro de perguntinhas pode ser confeccionado com papel pardo, folha de álbum seriado ou cartolina e deve ser utilizado no suporte para álbum seriado ou mesmo no quadro-de-giz. Basta desenhar, no papel escolhido, um retângulo dividido em quadrinhos e numerados. Cada número deverá corresponder a uma pergunta que podem ser registradas em fichas pautadas ou cartolina colorida. As crianças deverão responder à pergunta correspondente ao número escolhido por elas.
Varal de Versículos
O varal é confeccionado utilizando barbante e roupinhas infantis de papel colorido. Em cada roupinha é escrita uma das palavras do versículo a ser memorizado. As roupinhas de papel são distribuídas aleatoriamente e as crianças devem pendurá-las na ordem correta.
Pétalas Bíblicas
As pétalas podem ser confeccionadas com papel crepom, papel seda ou papel ofício. Depois de recortadas devem receber uma pergunta de um lado e um número no outro. Monte a flor no flanelógrafo com velcro ou no quadro-de-giz com fita crepe de duas faces. As crianças tiram as pétalas e respondem às perguntas da pétala retirada.
Árvore de Papel
A árvore de papel poder ser confeccionada com cartolina verde, cartolina marrom e percevejos. Recortar as folhas em cartolina verde e o tronco da árvore em marrom ou desenhe a árvore sobre uma grande folha de papel. O tamanho deverá ser determinado de acordo com o espaço disponível. A árvore de papel poderá ser utilizada para marcar a data de aniversário das crianças. Fazer flores de papel com o nome das meninas e as data de aniversário. Fazer frutos com o nome e aniversário dos meninos. A cada mês devem ser acrescentados os nomes dos aniversariantes, sem retirar os que já estão afixados.
A cada dia a árvore ficará mais florida e cheia de frutos, até que termine o ano.
Flanelógrafo
O flanelógrafo pode ser confeccionado com madeira ou papelão bem grosso, coberto com flanela ou feltro. É utilizado afixando figuras coloridas com velcro ou lixa.
Dica para confecção de figuras para o flanelógrafo
1.   Recortar figuras de livros de histórias bíblicas para crianças, ou desenhar e pintar desenhos com cores vivas.
2.   Numerar, no verso da figura atrás de acordo com a seqüência da história.
3.   Colar um pedaço de velcro ou lixa atrás no verso da figura.
4.   Guardar as figuras em um envelope identificado na frente com o título e o texto a ser falado.
5.   Organizar os envelopes, com as histórias, de acordo com a ordem que será apresentada.
6.   Guardar todos os envelopes em uma caixa ou pasta catálogo.
Dicas para utilizar o flanelógrafo
1.   Organize as figuras antes de começar a contar a história. Deixe em uma caixa sem tampa para facilitar o acesso.
2.   As figuras devem ser apresentadas às crianças e coladas no flanelógrafo com tranqüilidade.
3.   Fixe as figuras da esquerda para a direita.

COMO TRABALHAR TEXTOS SAGRADOS


Atividades que incluem a interpretação dos símbolos contidos no texto, uma elaboração individual, discussão dirigida, comparação com eventos que estejam na ordem do dia, estudo da mensagem, desenho, dramatização. Tudo isto em grupo, com críticas mútuas e participação.
EXEMPLOS:

1. Saber a situação, por exemplo, em que a Parábola foi contada.
Situação da Parábola.

2. O texto da parábola. Por exemplo, Lucas 8,4-8

3. A ligação que existe entre a Parábola e a história.
A História na Parábola.

4. ATIVIDADES

4.1- Interpretações dos símbolos
Obs.: anotar o que significam os símbolos que aparecem no texto.

4.2- Elaborações Individuais
Obs.: Anotar as opiniões sobre alguma pergunta.

4.3- Discussões dirigidas
Apresentação da sua opinião (4.2) ao grupo; ouça as opiniões dos outros.

4.4- Estórias em quadrinhos
Reproduzir, numa estória em quadrinhos com seis cenas, sem legenda, a seqüência dos fatos apresentados no texto.

4.5- Comparação
Localização do texto em outros evangelhos. Comparar estes textos com o outro, estabelecendo semelhanças e diferenças entre eles. Anote-as.

4.6- Mensagem
Anotar o que aprendeu com esta Parábola.

4.7- Dramatização
Organizar com seu grupo uma dramatização onde haja o desempenho dos seguintes papéis:
-Um narrador (que lerá o texto)
-Outros
Não se esquecer de destacar alguns elementos para fazer a avaliação do trabalho de dramatização.
Observar se a mensagem foi facilmente percebida.
Anotar pontos positivos e negativos.

4.8- Mural
Preparar, com o grupo, um mural, para ser apresentado, sobre o tema, por exemplo, uma Parábola. Relacioná-la com os dias de hoje.
-Coletar gravuras sobre situações onde ela existe e onde não existe.
-Organizar frases para serem colocadas em cada gravura, utilizando a resposta dada à questão (4.2) e as opiniões que ouviu de outros elementos.
-Elaborar uma conclusão e escrever no mural.
-Destacar com letras grandes, o título do mural.

4.9- Outras estórias
Usar a idéia principal ( mensagem) que você aprendeu no texto e invente outra estória. Escreva-a para mostrá-la ao grupo.
Lembre-se: Você deve escrever outra estória que tenha a mesma mensagem (idéia principal) do texto.

4.10- Porque teria acontecido isto?
Pensar em três motivos.
4.10.1- Eles podiam...
4.10.2- Talvez eles...
4.10.3- Eles poderiam...


As Parábolas de Jesus servirão de maior incentivo à fé e servirão de subsídio ou de material de pesquisa para entender a doutrina que você ainda não consegue entender ou mesmo aceitar totalmente. Peça aos catequizandos que pesquisem nas indicações oferecidas o contexto em que Jesus usou estas Parábolas. Perceberá porque o povo se admirava de Sua pregação. Ele tornava o espiritual tão real e tão palpável, que todos sentiam prazer em ouvi-Lo.
Você catequista poderá dividir os catequizandos em grupos e fazer o sorteio entre eles das Parábolas que vamos destacar abaixo, e poderá cada grupo desenvolver os itens acima (sugestões), sobre a Parábola que sortearam. Poderás usar outros textos bíblicos também.

PARÁBOLAS:

·         Semeador
·         Grão de mostarda
·         Fermento dos fariseus
·         Casa sobre a rocha
·         Crianças a brincar
·         O fermento
·         Servo cruel
·         Operários da vinha
·         Porta fechada
·         Ovelha perdida
·         O joio
·         Tesouro escondido
·         Pérola preciosa
·         A rede
·         A semente
·         Os dois devedores
·         O bom samaritano
·         O amigo importuno
·         O rico insensato
·         O último lugar
·         A grande ceia
·         A dracma perdida
·         O filho pródigo
·         O administrador infiel
·         O mau rico e o pobre Lázaro
·         O juiz iníquo
·         O fariseu e o publicano
·         Os dois filhos
·         A veste nupcial
·         Lavradores infiéis
·         As dez virgens
·         Os talentos
·         Servos vigilantes
·         Figueira estéril
·         Grão de trigo
·         Pai de família
·         Rei que vai para a guerra
·         Torre em construção

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O QUE É CATEQUESE?

Quando se fala em catequese, muitos pensam na catequese que prepara as crianças à Primeira Eucaristia.
Catequese hoje , não se confunde com o”dar catecismo”. A catequese faz parte da ação evangelizadora da Igreja que envolve aqueles que aderem a Jesus Cristo.
Catequese é o ensinamento essencial da fé, não apenas da doutrina, como também na vida, levando a uma consciente e ativa participação do mistério litúrgico e irradiando uma ação apostólica.
Segundo o Documento de Puebla e a afirmação dos Bispos do Brasil, a catequese é um processo de educação da fé em comunidade, é dinâmica, é sistemática e permanente.
A catequese é um processo de educação da fé;
em comunidade – porque é algo que vai se realizando aos poucos, num caminhar na comunidade, em busca de uma sociedade fraterna e justa.
A catequese é dinâmica – porque está sempre atenta às situações históricas e sociais da nossa realidade
A catequese é sistemática – porque organiza uma programação para facilitar o conhecimento das verdades da fé, da palavra de Deus e do magistério da Igreja
A catequese é permanente – porque passa por todas as etapas e por todas as faixas de idade.

A CATEQUESE É:
a missão primordial da Igreja, que nasce da fé e se desenvolve na catequese permanente;
uma missão que enriquece a quem desempenha. Quando catequizamos, nós somos os primeiros catequizandos.
Um anúncio e serviço para provocar um vivo contato com Jesus Cristo, nas dimensões pessoal e comunitária para uma vivencia cristã levando a um compromisso.
O Documento “Catechesi Tradendae” nº 21 nos ensina que a catequese tem como tarefa a iniciação cristã integral e sistemática na fé, aberta a todos os aspectos da vida cristã, motivando os catequizandos à adesão a Jesus Cristo.
Catequese é diferente da evangelização que é o primeiro anúncio do evangelho e nos leva à conversão.
A catequese tem como por tarefa a iniciação global e sistemática da fé. Por meio da catequese é assimilada a doutrina e as verdades da fé que levam a um contato vivo com Cristo, tanto na dimensão pessoal como na dimensão da comunidade cristã (CT 21).

A CATEQUESE:
leva a motivação para buscar o conhecimento do mistério de Cristo na sua profunda vivência de fraternidade e justiça;
leva a iniciação na experiência religiosa, na oração e na vida sacramental;
leva a uma iniciação no compromisso missionário da Igreja;
leva ao crescimento da Igreja. A Igreja de amanha depende da catequese de hoje. Por isso, a catequese deve preocuparse continuamente não só em levar conhecimentos dos misterios da fé, mas também em abrir os corações à conversão e à adesão:
a Jesus Cristo, o Salvador que anunciamos;
ao homem, herdeiro do Reino de Deus;
à Igreja, Povo de Deus.
A catequese leva em conta as condições da pessoa: sua preocupações, esperanças e necessidades. A partir do homem, a catequese motiva-o para a vivência de sua fé integrada no dia-a-dia de sua vida cristã.
Os problemas sociais que hoje as pessoas enfrentam exigem novas formas de catequizar. Por isso, é necessário dedicar-se à educação da fé para criar responsabilidades nas ações, respeitando a dignidade e os direitos humanos.

SER CATEQUISTA um chamado de Deus


Como Deus nos chama? Como sabemos que é Ele que nos chama? Quais foram as situações humanas que nos motivaram a sermos catequistas?
Deus manifesta a sua vontade por diversas circunstâncias. Em qualquer situação o Senhor nos diz: “Vêm e segue-me” (Mc 2,14)
A vocação é um chamado de Deus que espera da pessoa uma resposta para que esta pessoa possa se realizar. A vocação é, portanto, a realização do Plano de Deus na vida de cada um.
A vocação se manifesta em dois sentidos:
a descoberta da própria vocação e
o compromisso de vivê-la com toda intensidade.
AS GRANDES VOCAÇÕES DA BÍBLIA
Na Bíblia o chamado ou vocação de uma pessoa, por parte de Deus, corresponde ao compromisso de reunir e formar o seu povo: Povo de Deus.
Este é o elemento central da vocação na Bíblia. Deus continua chamando pessoas para reunir e formar seu Povo. Quando alguém é chamado por Deus, sempre é chamado para servir ao Povo em seu nome, revelando seu amor e sua Aliança. É um serviço que exige fidelidade.
Se refletirmos sobre a nossa vocação vemos que também ela tem os mesmos sinais bíblicos.
(Ler e refletir: Ex 3,4; Is 6,8; Jr 1,1-10; Mt 10,1-4; Jo 1,34-38; Rm 1,1).

COMO DEUS NOS CHAMA?
Ele nos chama numa situação concreta. Como por exemplo: por um convite do pároco e/ou da coordenação de catequese, outras vezes, quando sentimos que há necessidade de catequistas na comunidade e em outras situações. Se isto nos preocupa é sinal que estamos descobrindo o chamado de Deus. Os personagens bíblicos também foram chamados para uma determinada missão.
Para que Deus nos chama? Ele nos chama para: anunciar a sua Palavra, ser testemunhas dos valores do seu Reino e para sermos os porta-vozes da sua mensagem.
Nossa vocação é um presente de Deus. Somos chamados de porque Deus nos ama. Este amor exige uma resposta.
Nossa vocação de catequista se insere e tem sua raiz na vocação cristã. No Batismo e no Crisma recebemos o compromisso de colaborar no anuncio da Palavra de Deus, segundo as nossas condições.
Ter confiança em Deus. Pensamos, muitas vezes que não somos capazes de realizar a nossa missão catequética. Isto pode até nos levar ao desânimo. Por isso, é importante que confiemos em Deus, certos de que é um serviço de Deus para Deus.
O ser catequista se renova a cada dia. Os catequistas, através de sua missão, experimentam momentos de alegria, de paz, de entusiasmo, apesar do cansaço, das renuncias e dos sacrifícios. A lembrança , renovada cada dia, do primeiro chamado de Deus, ajuda a sermos perseverantes e fiéis.
Como a nossa vocação de catequistas se manifesta no dia-a-dia? Há sinais evidentes que transparecem na nossa vocação, tais como:gosto pela catequese; busca de criatividade para melhorar os encontros catequéticos; esperança de melhorar a nossa sociedade; comunicação no grupo de catequistas; alegria ao sentir os bons resultados; motivação para obter uma crescente formação e a motivação para obter uma crescente formação e a consciência de ser enviado em nome da igreja.
A vocação do catequista é comunitária. Ela abrange toda ação da comunidade. Quando o catequista tem consciência de que o seu chamado foi feito por Deus e que foi enviado pela comunidade, desempenha nela um serviço eficaz e efetivo. Colabora também na transformação da sociedade, pelo testemunho comunitário pelo anúncio da Palavra de Deus.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

SUGESTÕES DE RECURSOS A SEREM USADOS NOS ENCONTROS DE CATEQUESE

1.   Quadros, Fotos e Gravuras
Quadros
Dentro desta categoria está tanto o tradicional quadro-de-giz quanto o mais atual quadro imantado.
Esses recursos oferecem muitas possibilidades de uso no desenvolvimento de uma aula, são fáceis de apagar e não exigem habilidade especial para usá-los.Apresentam, também, características didaticamente valiosas e consideráveis.

Vantagens práticas, a saber:

a)    Não necessitam de eletricidade e se prestam a múltiplas condições ambientais;
b)    São fáceis de usar;
c)    Não requerem realizações elaboradas.

Mural
Pode ser de madeira ou papelão, mesmo sendo muito simples, deve ser atraente. A idéia central a ser transmitida deverá sobressair, os elementos devem apresentar harmonia e coerência. O conteúdo deve ser ilustrado, utilizando-se gravuras, fotos, desenhos ou trabalhos feitos pelas próprias crianças.

Álbum Seriado
O álbum seriado consiste em uma coleção de folhas de papel, em geral de grandes dimensões, dispostas em um cavalete de madeira e presas a ele por meio de parafusos ou ganchos. Nele podem ser escritos roteiros ou coladas fotos e/ou gravuras.

Maquetes
A maquete pode ser confeccionada utilizando-se diversos materiais: caixas vazias, copos plásticos, palitos, areia, cartolina, dentre outros. Ela deverá ser construída sobre uma prancha de papelão, mesa ou dentro de uma caixa.

Quebra-Cabeça
Poder ser confeccionado com caixas de pasta de dente, caixas de fósforo ou papel cartão. O quebra-cabeça é um recurso muito bom para trabalhar com memorização de versículos.

Quadro de Perguntinhas
O quadro de perguntinhas pode ser confeccionado com papel pardo, folha de álbum seriado ou cartolina e deve ser utilizado no suporte para álbum seriado ou mesmo no quadro-de-giz. Basta desenhar, no papel escolhido, um retângulo dividido em quadrinhos e numerados. Cada número deverá corresponder a uma pergunta que podem ser registradas em fichas pautadas ou cartolina colorida. As crianças deverão responder à pergunta correspondente ao número escolhido por elas.

Varal de Versículos
O varal é confeccionado utilizando barbante e roupinhas infantis de papel colorido. Em cada roupinha é escrita uma das palavras do versículo a ser memorizado. As roupinhas de papel são distribuídas aleatoriamente e as crianças devem pendurá-las na ordem correta.

Pétalas Bíblicas
As pétalas podem ser confeccionadas com papel crepom, papel seda ou papel ofício. Depois de recortadas devem receber uma pergunta de um lado e um número no outro. Monte a flor no flanelógrafo com velcro ou no quadro-de-giz com fita crepe de duas faces. As crianças tiram as pétalas e respondem às perguntas da pétala retirada.

Árvore de Papel
A árvore de papel poder ser confeccionada com cartolina verde, cartolina marrom e percevejos. Recortar as folhas em cartolina verde e o tronco da árvore em marrom ou desenhe a árvore sobre uma grande folha de papel. O tamanho deverá ser determinado de acordo com o espaço disponível. A árvore de papel poderá ser utilizada para marcar a data de aniversário das crianças. Fazer flores de papel com o nome das meninas e as data de aniversário. Fazer frutos com o nome e aniversário dos meninos. A cada mês devem ser acrescentados os nomes dos aniversariantes, sem retirar os que já estão afixados.
A cada dia a árvore ficará mais florida e cheia de frutos, até que termine o ano.

Flanelógrafo
O flanelógrafo pode ser confeccionado com madeira ou papelão bem grosso, coberto com flanela ou feltro. É utilizado afixando figuras coloridas com velcro ou lixa.

Dica para confecção de figuras para o flanelógrafo
1.   Recortar figuras de livros de histórias bíblicas para crianças, ou desenhar e pintar desenhos com cores vivas.
2.   Numerar, no verso da figura atrás de acordo com a seqüência da história.
3.   Colar um pedaço de velcro ou lixa atrás no verso da figura.
4.   Guardar as figuras em um envelope identificado na frente com o título e o texto a ser falado.
5.   Organizar os envelopes, com as histórias, de acordo com a ordem que será apresentada.
6.   Guardar todos os envelopes em uma caixa ou pasta catálogo.

Dicas para utilizar o flanelógrafo
1.   Organize as figuras antes de começar a contar a história. Deixe em uma caixa sem tampa para facilitar o acesso.
2.   As figuras devem ser apresentadas às crianças e coladas no flanelógrafo com tranqüilidade.
3.   Fixe as figuras da esquerda para a direita.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Jogos e Brincadeiras para crianças e adolescentes

MARCHA DOS CHAPÉUS
Os participantes formam um círculo e marcham ao compasso da música, um atrás do outro como os chapéus postos, menos um. Os chapéus devem ser passados ao companheiro que marcha na frente. Quando a música cessa repentinamente, um ficará sem chapéu e este deve sair do círculo, levando um chapéu. O último que consiga manter seu chapéu será o vencedor. Pode-se fazer a brincadeira com um só chapéu no círculo. O participante que ficar com o chapéu na cabeça ao cessar a música, sairá do círculo.

OVELHA PERDIDA

Uma criança é escolhida e seus olhos vendados. Uma vara é colocada em sua mão, enquanto os outros formam um círculo ao seu redor. O cego vai apontando com a sua vara e pergunta: “Você é a Minha Ovelha Perdida?” A pessoa apontada deve pegar a vara e levá-la perto da sua boca e emitir um balido, disfarçando a voz, mas se for reconhecida deverá tomar o lugar do cego. Cada vez que isto acontece, os jogadores mudam de lugar para não ser reconhecida a sua posição.

FAZENDO COMPRAS

Um círculo com uma pessoa no centro. O participante que vai fazer compras dará voltas ao redor do círculo e deter-se-á em frente de um dos participantes e dirá, por exemplo: “Vou ao México, que posso comprar?” Imediatamente, contará até dez e antes que termine, o concorrente a quem está falando terá que mencionar três coisas que comecem com M (como manteiga, medicamentos, meias). Se não conseguir fazer isto, então ele tomará o lugar do que vai fazer compras. Poderá mencionar qualquer lugar e as coisas compradas terão que começar com a inicial do nome do lugar.

CAÇAR NA NATUREZA
Jesus usava a Natureza para as suas ilustrações. Divida a classe em três ou quatro grupos. A cada grupo deve ser dada uma lista idêntica de artigos que devem ser encontrados. Ninguém pode sair da área designada.
Sugestões: sementes, trevo, haste de grama, folha de árvore, penas de aves, varinhas, pedaços de papel. Especifique um limite de tempo de mais ou menos 3 a 5 minutos. O grupo que conseguir mais itens é o vencedor.

SEGUE-ME PARA SAMARIA

Fazer uns quadrados no chão formando um grande círculo. Um quadrado para cada criança menos um que será o que “sobra”. Cada jogador ficará dentro do seu quadrado até que receba um toque do que sobra, ao este estar circulando e dizendo: “Segue-me para Samaria”. O que foi tocado coloca a sua mão no “sobra” e o segue. À medida que os outros vão sendo tocados e vão aumentando a fila que vai sendo unida pelas mãos no ombro, o líder pode gritar: “Os romanos vêm vindo”. Então, todos correm para os seus quadrados. O que ficar sem quadrado é “sobra”.

RINHA DE GALO
Prender com um alfinete uma figura ou objeto nas costas de dois jovens para que estes descubram mutuamente o que têm nas costas. Cada um procurará ver primeiro o que tem seu companheiro nas costas, procurando evitar que o outro veja a sua. Premiar o primeiro a descobrir.

ATENÇÃO! CONCENTRAÇÃO!

Formação: Em círculo, sentados na sala de aula ou à vontade.
Desenvolvimento: Ao iniciar o jogo, todos dirão: “__ Atenção! Concentração!” Logo em seguida baterão palmas 3 vezes.
“__ Atenção” – 3 palmas
“__ Concentração” _ 3 palmas
“__ Diga o nome” _ 3 palmas
“__ Nome de” _ 3 palmas
A seguir o líder ou uma criança por ele indicada falará e os demais baterão palmas da seguinte maneira:
“__ Uma fruta” _ 3 palmas
“__ Que você” _ 3 palmas
“__ Mais gosta” _ 3 palmas
Logo após da ordem indicada pelo líder cada criança dirá o nome de uma fruta e baterá 3 palmas, que será acompanhada por todo o grupo.
Depois de que todas as crianças tiverem dito o nome de uma fruta, o líder ou outra criança, sem intercessão, continua a brincadeira, dando nova ordem.
Poderão ser lembrados: nomes de cidades, bairros, países, acidentes geográficos, pessoas da Bíblia,  cores, animais, comidas, sobremesas, etc. Pagarão prendas os que errarem.

DENTRO! FORA!

Formação: Ao redor de um círculo grande ficam as crianças.
Desenvolvimento: O líder ordena Dentro ou Fora e todas as crianças cumprem as ordens pulando com os pés juntos para dentro ou para fora do círculo. De vez em quando o professor repete a mesma ordem. As crianças que erram são eliminadas provisoriamente, isto é, até serem substituídas por outras que cometeram a mesma falta.

CAMALEÃO

Formação: Este jogo necessita de um espaço relativamente plano, delimitado. Jogam pelo menos seis crianças. Coloca-se uma criança (camaleão), virada de olhos tapados pelas mãos. As restantes crianças estão colocadas à vontade, a uma distância de cerca de dez metros.
Desenvolvimento: Ao sinal de início do jogo, as crianças perguntam em coro àquela que está de costas: “Camaleão, de que cor?” . O camaleão responde dizendo uma cor, por exemplo, o azul. Mal diz a cor, neste exemplo, o azul, o camaleão vira-se e começa a correr atrás dos colegas, que fogem. Ao fugir, as crianças procuram um objeto da cor escolhida e tocam nele, a fim de se livrar. Neste caso, o camaleão não as pode caçar. Só pode caçar aquelas crianças que ainda não se livraram, ou seja, não tocaram na cor escolhida. Se o camaleão tocar em alguém antes de se livrar, este passa a ser o novo camaleão. Se o camaleão não conseguir caçar ninguém, continua nesta função.

QUEM SOU EU
Preparação: Círculo; crianças sentadas no chão, no centro fica uma criança de olhos vendados.
Desenvolvimento: Ao sinal do líder um dos companheiros da roda faz a pergunta: “__ Quem sou eu?” A criança de olhos vendados, indica a
direção da voz e responde: “__fulano”. Se acertar escolhe seu substituto.

A JAULA (ATIVO)

Preparação: Um grupo de crianças dispostos em círculos (lado a lado sem darem as mãos) forma a jaula. O outro grupo, cujos elementos representam os animais, se dispersa pelo terreno. O professor usará apito ou campainha.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor os animais põem-se a correr, ora entrando, ora saindo da jaula. A um novo apito, as crianças do círculo dão as mãos fechando a jaula e prendendo, desse modo, os que ficaram dentro do círculo. Estes vão então fazer parte do mesmo, juntando-se aos que formam a jaula. A seguir o jogo recomeça até que todos os animais tenham sido aprisionados.

FAÇA O QUE EU FAÇO

Participantes em círculo. O primeiro inventa uma ação – coça a cabeça, estala os dedos, etc. O segundo, repete a açao do primeiro e acrescenta mais uma – tipo imita um carneiro. O terceiro vai repetir o que o 1o e o 2o fizeram e acrescentar mais uma e assim por diante. Coitado do ultimo, tem que lembrar de tudo e ainda fechar com chave de ouro

AVIÃO PEGADOR

Formação: Crianças dispersas a vontade, uma destacada: “o avião”.
Desenvolvimento: A um determinado sinal, o elemento destacado sai em perseguição dos colegas imitando um avião. Aquele que se vir em perigo de ser apanhado, para equilibrando-se num pé só e eleva os braços lateralmente fazendo a figura de um avião. O perseguidor não poderá pegá-lo enquanto ele estiver nesta posição. Quando o avião conseguir apanhar uma criança ela irá substituí-lo.

APANHAR O LENÇO

Material: Um lenço
Preparação: Duas linhas paralelas distantes 8 a 10 m. Marca-se o centro do campo onde se coloca o lenço.
Formação: Os jogadores formarão dois partidos dispostos atrás da linha. Todos serão numerados. Cada partido com os mesmos números.
Desenvolvimento: O professor gritará um número e os jogadores chamados correrão até o centro, terão como objetivo apanhar o lenço e voltar a sua fileira. No caso de um conseguir apanhar o lenço o outro deverá perseguí-lo e tocá-lo antes que ele consiga atingir a fileira.
Pontos: Alcançará dois pontos para o seu partido o jogador que conseguir apanhar o lenço e voltar a fileira sem ser tocado.

A SOPA ESTÁ PRONTA
Material: Gorro de cozinheiro
Formação: Crianças sentadas ou em pé em roda
Desenvolvimento: Uma criança é escolhida para ser o “cozinheiro” e fazer a sopa. Recebe o gorro de cozinheiro e caminha em volta da roda escolhendo crianças para representarem os diversos legumes, a carne, a massa, etc. Estas devem seguí-lo até que o cozinheiro diga: “__A sopa está pronta”. Neste momento todos correm para ocupar um lugar na roda. A criança que não conseguir entrar na roda ocupará o lugar do cozinheiro.

BOLO DE FUBÁ

Preparação: As crianças formam um círculo de mãos dadas, ficando uma no centro da roda.
Desenvolvimento: Ao sinal de início, o jogador central caminha ao redor do círculo (por dentro tendo as mãos levantadas). De súbito, abaixa-se e bate nas mãos de dois companheiros da roda, os quais saem a correr em direção contrária. Enquanto isso, quem “cortou o bolo”, apossa-se de um dos lugares deixados vagos. O primeiro a terminar a volta entra pelo lugar vazio vai ao centro da roda e diz depressa: “__bolo de fubá, já estou cá”, enquanto o último a chegar ocupa o lugar deixado vago na roda.

BOM DIA
Material: Um lenço
Formação: De mãos dadas as crianças formam um círculo. No interior deste permanecerá um jogador com os olhos vendados.
Desenvolvimento: O circulo gira para a direita ou para a esquerda. Quando o jogador do centro bater o pé no chão o círculo para de girar. A criança do centro aponta para um jogador e este dirá: “__Bom dia”. O do centro terá que o reconhecer pela voz, dizendo o seu nome. Caso erre, ainda terá o direito de apresentar mais dois nomes. Acertando, o que foi apontado ocupará o centro e o outro o substituirá na roda, do contrário, o jogo prosseguirá até que o do centro, fazendo novamente parar o círculo mencionar acertadamente o nome do companheiro.

O AMOR ESTÁ NO AR!!!! (QUEBRA-GELO)

Formar uma roda e dizer que um urso vai nos visitar hoje. (Um urso ou outro bichinho de pelúcia que vc tenha). Apresente o urso para todos e diga que eles podem fazer com ele o que eles quiserem um por um. Resultado: Abraços, beijos, apertos, jogar para o alto, bater, enfim “n” situações. Quando o convidado (o urso) passou por todos. Diga que cada um deve fazer com a pessoa que esta a sua direita o mesmo que fizeram com o urso. Então com certeza vai dar muitos abraços, beijos, apertos, jogar para o alto, bater, enfim “n” situações. No final de tudo a reflexão, a luz do grande mandamento e o cuidado com o próximo.

FUTEBOL DE MACACO

Faça um jogo de futebol, porém ao invés de jogar com os pés, as crianças só podem usar as mãos! Não é permitido segurar ou levantar a bola, apenas bater nela com as mãos. É engraçadíssimo pois, ao ficarem curvados, o pessoal parece um bando de macacos jogando futebol.

CONGELADO (Ativo- bom para Gincana)

É um jogo como o “queimado” mas as regras mudam um pouco: se alguém for atingido em uma certa parte do corpo, não pode mais usá-la até o fim do jogo, essa parte fica congelada.
Por exemplo, se alguém for atingido no braço, não pode mais usá-lo para arremessar. Se for atingido em uma perna, só pode pular com a outra perna. Se for atingido no tronco ou cabeça, está fora.
Use uma ou mais bolas leves de plástico ou vôlei.

POBRE GATINHO!: – (CALMO)

Formação: Crianças sentadas em círculo, um aluno fará papel de “gato”
Desenvolvimento: Este escolherá um dos participantes e perto dele imitará 3 vezes um gato. A cada miado, a criança terá que bater levemente com a mão na cabeça do gato e dizer: “__ Pobre gatinho! Pobre gatinho!” Se a criança sorrir virará gato em substituição ao colega.

O GATO E O RATO: – (MODERADO)

Formação: Formam-se uma roda. Uma criança vai para o centro “o rato” e outra fica de fora “o gato”
Desenvolvimento: Dada a partida a roda começa a girar, enquanto o gato pergunta e todos respondem:
“__ Seu ratinho está?”
“__ Não senhor!”
“__ Que horas vai voltar?”
“__ Às oito horas!”
“__ Que horas são?”
“__ Uma hora!”
“__ Que horas são?
“__ Duas horas!”
E assim por diante, até chegar o horário fixado (oito horas). Aí a roda pára e o gato corre a procura do rato. Durante a correria, ao rato serão facilitadas a saída e a entrada na roda enquanto que ao gato serão dificultadas. O jogo acaba com a prisão do rato que passará a ser gato na próxima rodada e um novo rato será escolhido.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Como trabalhar um encontro


Para melhor trabalhar o método de interação usa-se um procedimento, ou melhor, um itinerário, que favorece o grande objetivo da catequese: “Para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).O itinerário de um encontro, para muitos, é velho ou muito conhecido. Acontece que existem muitos catequistas iniciantes e precisam estar seguros de como proceder ao realizar algum encontro.
Acolhida:
É a sala de visita do encontro. Pode ser expressa de muitas formas: gestos, cantos, símbolos, surpresas...
É importante que todo catequizando encontre sempre um ambiente acolhedor, fraterno amigo. Seja reconhecido na sua individualidade, chamando-o pelo nome. Todo participante que se sente aceito e amado participará com mais alegria e motivação.
Olhar a vida, ou ver a realidade
Suscita a capacidade para a sensibilidade, consciência crítica, perceber com o coração e a inteligência aquilo que se passa ao redor. Não é só olhar a realidade superficialmente, mas possibilitar o aprofundamento de fatos, causas, conseqüências do sistema social, econômico-político e cultural dos problemas.
O olhar a vida é o momento de ver o chão onde vivemos e de preparar o terreno da realidade para depois jogar a semente da Palavra de Deus. A parte do ver pode ser concretizada através de desenhos, visitas, entrevistas, histórias e fatos contados, notícias, figuras, fitas de vídeo, dramatização...
Iluminar a vida com a Palavra (Julgar).
A partir da vida apresentamos a Palavra de Deus. Podemos compará-lo com a luz existente dentro de casa. Ela ilumina todo o ambiente isto é, nos mostra qual a vontade de Deus em relação à vida das pessoas, seus sonhos, necessidades, valores, esperanças...
Fazemos um confronto com as exigências da fé anunciadas por Jesus Cristo, diante da realidade refletida.
Dentro do julgar também colocamos o Aprofundamento da Palavra. Nesta parte aumentamos a luminosidade da casa para poder enxergar melhor.
É a hora que refletimos com o grupo para fazer uma ligação mais aprofundada da Palavra com a vida do dia-a-dia e perceber os apelos que Deus nos faz.
Pode-se perguntar: O que a Palavra de Deus diz para a nossa vida? Sobre o que nos chama atenção? O que precisamos mudar? Que apelos a Palavra faz para mim e para nós?
O aprofundamento pode ser feito ainda com encenações, dinâmicas, cantos, símbolos...
Celebrar a Fé e a Vida.
É um momento muito forte. É como se estivéssemos ao redor de uma mesa com um convidado especial.
O celebrar é como saborear em conjunto na alegria, ou no perdão, algo que nos alimenta porque nos dirigimos e nos aproximamos do convidado especial, que é Deus.
A celebração não deve ficar apenas na oração decorada. Os catequizandos aprenderão a conversar naturalmente com Deus como um amigo íntimo. É importante diversificar a oração usando símbolos, cantos, gestos, salmos, silêncio, frases bíblicas repetidas, relacionando sempre ao tema estudado e com a vida.
A partir das celebrações dos encontros é possível motivar os catequizandos na participação das celebrações, cultos, novenas, grupos de reflexão.
Assumir ações práticas.
Todo encontro precisa conscientizar que ser cristão não é ficar de braços cruzados, e nem ficar passivo diante da realidade.
Trata-se de encontrar passos concretos de mudança das situações onde a dignidade é ferida, a partir de critérios cristãos.
O agir é transformador e comprometedor. Está ligado à vida e à Palavra de Deus que questionam e exige a mudança nas pessoas, famílias, comunidade.
Cada catequista necessita provocar o seu grupo para ações práticas. É preciso respeitar cada faixa etária, mas não será impossível fazer algo concreto. Os compromissos podem ser discutidos e assumidos de forma individual ou grupal.
Recordar o encontro.
Não se trata aqui da aplicação de exercícios para decorar conceitos. O recordar nos leva a ruminar o que foi refletido, aprofundado, trazendo à memória algo essencial para ser fixado. A memorização é necessária, sobretudo para conteúdos básicos de nossa fé. Se for aplicada alguma atividade, que esta seja para desenvolver o espírito comunitário de fraternidade, partilha, amizade e ajuda mútua.Pode-se também pedir a ajuda para a família, sobre questões práticas.
Guardar para vida.
Este passo dá importância à Bíblia. Precisamos que nossos catequizandos tenham na vida e na fala a Palavra de Deus. A partir do assunto tratado no encontro, podemos usar uma ou duas frases, tiradas dos textos bíblicos usados que dão a síntese do conteúdo, para serem compreendidas e vivenciadas.
As frases poderão ser escritas em papéis ilustradas com desenhos, ou figuras e fixadas em local para serem vistas e memorizadas.
Avaliar.
A avaliação ajuda a alegrar-se com as descobertas feitas, pelo que aconteceu de bom. É ela também que faz verificar as falhas, corrigir o que não foi bom.
Não podemos ficar somente no que o catequizando “aprendeu”, isto é, se sabe os mandamentos, sacramentos, mas é preciso avaliar as relações interpessoais, a responsabilidade, o comprometimento, o assumir os valores evangélicos como: diálogo; partilha; capacidade de perdoar; atitudes de fraternidade.
A avaliação é um passo precioso de crescimento. Ela faz parte de qualquer encontro.
São muitas as formas de avaliar. Podem-se utilizar dinâmicas, debates, partilha em grupo, individual, ou ainda, os próprios participantes escolhem alguém que no final do encontro poderá dar a sua opinião.
A grande fonte de avaliação é a observação atenta do que ocorre durante o processo catequético. Portanto, a avaliação não é só olhada dentro de quatro paredes, mas envolve a vida toda.

Parece simples preparar um encontro, mas, como vemos, exige do (a) catequista dedicação, carinho e aprofundamento para tornar cada encontro, um espaço de crescimento mútuo.
Ao olharmos Jesus com seus apóstolos, veremos que seu método também tinha estes passos. É só verificar algumas passagens, como a dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) ou ainda o encontro com a Samaritana (Jo 4, 1-30) ou Zaqueu (Lc 19, 1-10).
Qualquer ambiente era propício para acolher – ensinar – aprender - conviver. Para Ele a importância estava nas pessoas.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

COMO PLANEJAR EVENTOS NA CATEQUESE

GINCANA:
As gincanas são atividades recreativas de competição de equipes, coma finalidade de alegrar, confraternizar e educar. Poderão ser realizadas em uma manhã ou tarde, ou se prolongar por um dia, semana ou mês. As tarefas a serem realizadas são entregues com antecedência, para que os grupos competidores tenham tempo de tentar realizá-las. Escolhe-se um local espaçoso para a entrega das tarefas cumpridas, e premiam-se as equipes que melhor pontuação obtiver.
Veja alguns exemplos de gincana:
Gincana da história da Igreja, Gincana de passagens bíblicas, Gincana da catequese, Gincana Recreativa (Caça ao tesouro; Queimado, bandeirinha, e outros jogos, Corrida do saco, do ovo na colher, encher as garrafas, Dança das cadeiras, Cabra cega, etc.), Gincana da solidariedade (Ver as necessidades da comunidade - alimentação, remédios, material didático, material de construção, roupas, brinquedos, etc. - dividir a turma em grupos. Ao final conta-se o material recolhido e combina-se um dia para entregá-lo).

FEIRAS E EXPOSIÇÕES:
Como exemplo de feiras que podem ser feitas com os adolescentes da perseverança, temos Feira Bíblica, com exposições de trabalhos sobre a Bíblia, Feira Santa ou Feira Mariana, com trabalhos sobre a vida dos santos ou de Nossa Senhora, etc.
São eventos que favorecem a piedade religiosa, a Identidade católica, o sentido de participação conjunta em unidade com a Igreja, na vivência e no zelo pelo Evangelho.

OLIMPÍADAS E OU TORNEIOS:
Ao se programar uma olimpíada ou torneio para os catequizandos de perseverança é preciso ressaltar a finalidade de tal evento: Confraternização! Para tanto é recomendável que não se estimule a competição, mas sim a diversão. Seria interessante que fossem programados apenas esportes coletivos, para valorizar o trabalho em equipe e evitar os individualismos.

ATIVIDADES COM OS PAIS:
Objetivo - promover a integração entre famílias e comunidade eclesial, proporcionando espaço para reflexão e troca de experiências. Valorizar e resgatar o verdadeiro sentido da família, e sua importância enquanto Igreja doméstica.
“Por isso, é necessário que a comunidade cristã preste uma especial atenção aos genitores. Através de contatos pessoais, encontros, cursos e também mediante uma catequese para adultos, dirigida aos genitores, se deve ajudá-los a assumir a tarefa, 'hoje particularmente delicadas de educar os seus filhos na fé" (DGC 227).
Devemos conscientizá-los de que eles são, os primeiros responsáveis pela educação religiosa de seus filhos e que devemos caminhar juntos.
Podemos envolver os pais em muitas atividades, tais como: Participação nas celebrações do dia das mães, dia dos pais, dos avós.

Colaboração nos eventos da comunidade:
Festa do padroeiro, mês de Maria, Feira Bíblica, participação em mutirões, distribuição de mantimentos;

Promover:
Encontros de oração, gincana entre pais e filhos, palestras e debates de interesse dos adolescentes e seus pais, troca de experiências entre pais e filhos, clube de mães, passeios, dia de convívio com a Pastoral Familiar.

COMO ENSINAR AS CRIANÇAS A VIVEREM EM UNIÃO COM DEUS

Adorar não é só ficar sentado num banco como um espectador, ouvindo um líder ou Sacerdote falar sobre Deus. È pensar sobre Deus. Adorar é reservar tempo para apreciar quem é Deus é, o que Ele fez e o que está fazendo. É responder a Ele com reverência, louvor e alegria.
O primeiro passo para adorar é a aceitação agradecida do presente de Deus para nós.
A maneira de mostrar a Deus que nós O compreendemos e apreciamos, é agradecer a Ele por ter enviado Seu Filho Jesus e por Ele ter sofrido a morte de Cruz para nos salvar. Se aceitarmos Jesus como Salvador, o próprio Senhor virá viver em nós, e compreenderemos como Deus é verdadeiramente grande e bom. Depois disso é que começa a verdadeira adoração.
Adore a Deus quando estiver sozinho.
Adore a Deus em companhia de outros.
Deus quer que nós O adoremos junto a outras pessoas também. Mas ir à igreja ou participar de um Encontro não significa que você está adorando. Você O adora especialmente quando faz uma visita ao Sacrário e silencia na presença DELE ou quando O recebe no Sacramento da Santíssima Eucaristia.
Mas você pode adorar a Deus a qualquer hora, em qualquer lugar, quando pensa em Deus ao cantar, rezar, quando aprende Sua Palavra é preciso aprender a viver cada dia pensando sobre Deus e agradecendo a Ele por ser Quem é e pelo que fez. Quando o sol, ou a chuva, baterem em sua janela pela manhã, agradeça a Deus por dar-lhe um novo dia. Entoe uma melodia de louvor enquanto veste. Ajoelhe-se junto à sua cama e adore a Deus, entregando-se a Ele para servi-lO durante o dia. Lembre-se também de que está cercado pelas Suas maravilhas. Aprecie a água quando lava o rosto. Note as cores, os tecidos e os perfumes. Pense sobre a fruta, o leite, o pão que vai comer no café da manhã. A criação de Deus não é realmente prodigiosa? Enquanto vai para a escola, olhe o lindo céu, as árvores, as flores e os animais. Sinta o seu coração batendo, examine os seus dedos em ação. Reflita! O Deus maravilhoso que fez você e todas as coisas; passa o dia ao seu lado. Diga a Ele como está grato pelo Seu amor e pela promessa do Seu cuidado contínuo. Alegre-se com a Sua presença desde o momento em que acorda até a hora em que faz a sua oração da noite.
Use a Palavra de Deus para ajudar você a adorar.
Permita que a Palavra de Deus o ajude a se concentrar n'Ele e nas Sua obras. Os Salmos e muitas outras passagens das Escrituras são palavras de louvor ditas a Deus, e você pode usar algumas passagens, como oração a Deus: “Obrigado, Deus, por ser meu pastor, por prometer que nada vai me faltar”.
Adore a Deus em oração. Outra parte da adoração é falar com Deus e dizer o quanto Ele é maravilhoso. Termine uma dessas sentenças numa oração de louvor a Deus: “Deus eu te amo por que...” “Deus, eu te louvo por que...” “Tu és maravilhoso Deus, por que...”
Cante, cantar ajudará você a dizer a Deus que O ama .
Faça uma oferta de todo seu ser como um Ato de adoração.Oferte ao Bom Deus seu ser, seu coração, seu corpo, sua alma, seus talentos, seu tempo.Ajude sua Igreja,doando seu dízimo para sustentar sua paróquia e os trabalhos que ela desenvolve em sua comunidade,(cf. Malaquias3,10); ajude as pessoas necessitadas. Deus recompensará a nossa oferta.
Adorar é bom! Os que fazem da adoração uma parte de sua vida diária, descobrem o segredo de uma alegria verdadeira e duradoura.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Como contar histórias

Passe segurança! Não se desculpe ao começar, nem em palavras nem com uma expressão corporal encurvada. Conte em suas próprias palavras. Deixe a imaginação funcionar - isto é o que cria mágica e não malabarismos da memória. Se der branco, continue. Não faça caretas, xingos, nem se desculpe. Continue descrevendo detalhes de cores, locais; isto estimula a imaginação e ajuda a memória. Ou então faça uma pausa, olhando todos nos olhos, como para levantar suspense (não olhe para o chão). Improvise!
Mantenha as histórias até 10 minutos de extensão. Ensaie e cronometre.
A introdução é crucial. "Você vai ganhar ou perder nos 3 primeiros minutos dependendo de como você começa".Você tem que criar sua "sessão solene” no grupo de crianças, cada uma com seus próprios pensamentos e focos de atenção, antes que você possa começar a contar uma história para elas. Deve haver, na introdução, o indício de que coisas instigantes irão acontecer, incitando a curiosidade, unindo as crianças em antecipação. Não dê tudo na introdução. Sempre mantenha um certo nível de mistério, antecipação e surpresa durante toda a história.
Nós adultos tendemos a subestimar a capacidade das crianças de imaginar e fantasiar, e assim, muitas vezes fazemos muitos esforços para explicar ou justificar o "cenário" ou explicar tudo com detalhes. Na verdade o que atrai as crianças é a possibilidade de entender os aspectos implausíveis da história depois; o que é ótimo, você tem a atenção delas e elas ficarão pensando no que você disse.
Para contar histórias você precisa de um pouco de habilidade em vendas, sinceridade (não tente fingir alegria, tristeza, etc.. seja verdadeiro!), entusiasmo verdadeiro (não ser barulhento ou artificial), animação (em gestos, voz, expressão facial) e mais importante, ser você mesmo.
Nós queremos que a mensagem chegue clara e bem definida. Nosso objetivo é comunicar as verdades da Bíblia de uma maneira pessoal e com uma aplicação clara. Seja qual for a maneira que você conte a história, tenha certeza de ser objetivo! Não assuma que as crianças vão entender. Torne a história o mais real possível. Barret diz para não "contar a história de uma maneira cansada ou mal resumida. Pule dentro da narrativa, com a mesma intensidade que os fatos... Escolha UM ponto e conte-o como se fosse a notícia mais interessante do mundo". Mantenha simples e direto
Uma vez terminada a história, não fique divagando e corrigindo. Deixe os pensamentos das crianças presos no ponto da história, na mensagem central dela.
Quanto mais você praticar, melhores ficarão as suas técnicas. Teste diferentes métodos, seja criativo. Você sempre aprende de suas próprias experiências. Não seja extremamente tímido ou preocupado "com o que os outros irão dizer se..." Não tenha medo de ser um “palhaço” ou fazer papel de “bobo” para as crianças. Humildade, amor e oração são elementos importantes para contar histórias, juntamente com criatividade e inovação. As crianças pegam muito mais do que a história de você; elas percebem o seu entusiasmo pessoal com a mensagem. Elas precisam ver que você foi tocado pela Palavra. Prepare o seu coração enquanto prepara a história.
Tenha certeza de colocar algum drama, suspense na história. Deve haver uma situação que dirija ao clímax e ao final da história. O conflito pode ser introduzido imediatamente ou aos poucos para aumentar o suspense e a intriga. Tente levar os ouvintes a se preocupar junto com os personagens e se envolver com o que acontece.
O catequista deve estudar a lição muito bem. Você precisa saber muita coisa para poder ensinar um pouquinho.
Crianças aprendem com seus sentidos. Elas adoram sentir, cheirar, tocar, escutar e ver. Descreva personagens e locais vividamente, ajudando-os a solidarizar-se com os personagens.
Numa audiência mista, tente colocar a história ao nível do mais novo.
Características de uma boa história:
· Tema único e bem definido.
· Enredo bem desenvolvido.
· Estilo: imagens vívidas, sons e ritmo agradáveis.
· Caracterização.
· Coerente com a fonte.
· Apelo dramático.
· Apropriado; adequado aos ouvintes.
Traduzido e adaptado de "Principles of Story Telling": Barry McWilliams

O CATEQUISTA DEVE CONHECER E ENVOLVER OS CATEQUIZANDOS


Conhecer os catequizandos.
Muitos catequistas só olham para o grupo que têm por diante. Não olham para cada catequizando. Não conhecem a personalidade de cada criança nem as vidas que levam.
Antes de começar a catequese, é bom acolher cada um com um sorriso e fazer-lhe a pergunta: "O que é que te aconteceu de importante esta semana?" "De um a cinco, como foi a tua semana?". Estas perguntas dão aos catequistas uma perspectiva sobre a vida de cada catequizando e ajudam a fazer catequeses mais em sintonia com a vida real dos catequizandos.
Envolver os catequizandos
Os catequizandos devem ser participantes e não apenas consumidores passivos do caminho de fé.
Para envolver as crianças e adolescentes, o catequista:
Não usará o guia de forma rígida;
Não se limitará a ler os comentários;
Não será o único a falar, mas ajudará todos a exprimirem-se;
Ajudará a ler a Palavra de Deus na vida;
Falará menos da sua vida e mais da vida de Deus e da vida dos catequizandos;
Vai transformar a "aula de catequese" num grupo-comunidade.
 
Agenda Catequista- Edições Salesianas

Catequistas, Catequizandos e Coordenação

Dentro da estrutura paroquial, a catequese tem seu Coordenador Paroquial, que é o representante da Pastoral da Catequese no CPP (Conselho Paroquial de Pastoral) e na Diocese. O coordenador recebe o mandato do Pároco para um período de 2 (dois) anos e este apresenta ao pároco 4 (quatro) membros para compor a equipe paroquial que atuará na catequese segundo as idades como segue:

Pré Catequese de 7 a 8 anos de idade
Cat. de Eucaristia de 9 a 11 anos (mínimo de 3 anos de preparação)
Cat. de Perseverança de 12 a 13 anos
Cat. de Crisma de 14 a 17 anos (mínimo de 2 anos de preparação)
Cat. c/ Adultos a partir de 18 anos (mínimo 10 meses de preparação)

A catequese não é tarefa meramente individual, mas realiza-se sempre na comunidade cristã, onde o catequista descobre sua identidade de discípulos (as) de Jesus. É pela participação na vida da comunidade que se desenvolve o espírito de partilha, fraternidade e solidariedade.

A acolhida dos catequizandos nas comunidades é um momento especial da catequese, onde todos se sentem membros da família cristã. A inscrição se dá através da ficha paroquial preenchida na comunidade em que o catequizando participa e se exige a presença dos pais ou responsáveis, cópia da certidão de nascimento e da certidão do Batismo. A ficha deve ser sempre atualizada pelo catequista e mantida em perfeita ordem.

Para exercer o ministério catequético, exige-se que o (a) catequista:
Seja uma pessoa inserida na comunidade, tenha vivência pessoal e comunitária da fé e esteja disposto(a) a trabalhar em grupo e em comunidade;
Tenha consciência de que foi chamado (a) por Deus para este ministério que não é exercido em nome próprio, mas em nome de Deus;
Tenha disponibilidade de tempo (não pode ser usado o tempo que sobra, exige-se mais);
Tenha 16 anos completos e já recebido o sacramento do crisma;
Participe das reuniões para estudo, oração, avaliação e planejamento da catequese;
Participe de cursos e formação catequética em nível paroquial;
Conheça seus catequizandos e famílias.

Em cada comunidade da paróquia, o Grupo de Catequistas elege um coordenador que, juntamente com o CCP (Conselho Comunitário de Pastoral) planeja e dá subsistência à Catequese através do Conselho Administrativo. O coordenador eleito na comunidade participa da reunião paroquial e assim faz a ligação entre a catequese comunitária e paroquial.

Os catequistas não custeiam as despesas da catequese por fundo, conta própria ou por promoções isoladas. Todas as despesas são de competência do Conselho Administrativo da comunidade, com participação dos catequistas, catequizandos e famílias, através do dízimo.

A coordenação não é uma função, mas uma missão que brota da vocação batismal de servir, animar, coordenar. Faz o processo avançar, cria relações fraternas, promove a pessoa humana, a justiça e a solidariedade. Deve ser missionária, inserida na comunidade, formadora de atitudes evangélicas, comprometida com a caminhada da catequese e com as linhas orientadoras da diocese.

São elementos e tarefas da Coordenação em todos os níveis
Assumir o ministério como uma missão que brota de uma experiência de vida comunitária;
Despertar entre os catequistas a espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo e o estudo da Palavra de Deus;
Assumir as exigências da coordenação como um poder-serviço em benefício do crescimento das pessoas e da comunidade;
Criar uma rede de comunicação entre as diversas instâncias: comunidade, paróquia, diocese, regional e nacional;
Perceber a realidade e estrutura da graça, mais do que a eficiência e o ativismo;
Envolver membros das comunidades e catequistas das várias etapas da catequese (adultos, jovens, crianças);
Articular com todos os catequistas os projetos e programas assumidos em conjunto;
Responsabilizar-se para que as propostas e orientações da catequese sejam levadas a efeito;
Promover reuniões periódicas para programar, avaliar e dar nova condução a trabalhos sem eficiência;
Assegurar juntamente com o pároco, formação adequada e permanente a todos os catequistas e o acompanhamento das famílias;
Orientar, animar e coordenar a catequese paroquial em todos os níveis, elaborando em conjunto o planejamento paroquial constando: objetivos, princípios, orientadores, projetos, cronograma e responsabilidades;
Desenvolver qualidades necessárias para um bom trabalho em equipe: capacidade de escuta, aprender a dialogar, reconhecer os valores do grupo, proporcionar o crescimento da consciência crítica, promover a participação, incentivar para o compromisso; expressar solidariedade nas dificuldades, nas alegrias e ter um espírito organizativo.

Catequese, Conjuntos de Esforços para fazer Discípulos

Catequese é o conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, através da fé, tenham a vida em Nome Dele, para educá-los e instruí-los nesta vida, e assim construir o Corpo de Cristo.
A Igreja é um mistério, não só na profundidade da sua vida, mas também enquanto realidade não apenas humana e histórica e visível, mas divina e superior à nossa capacidade natural de conhecer (Paulo VI, alocução, 27.04.1966)
A Sagrada Escritura esclarece-nos a natureza da Igreja mediante diversas figuras que se complementam. Todas têm Jesus Cristo por centro e giram em torno da unidade: A Igreja é como:
·Um redil (rebanho), cuja porta é Cristo; cujo Bom Pastor – Jesus – nunca o deixará entregue às mãos do inimigo ou sem pastos; campo e vinha do Senhor;
·Edifício, cuja pedra angular é Cristo e que tem por alicerce os apóstolos e em que os fiéis realizam a função de pedras vivas.
·Também é chamada Jerusalém do Alto e Mãe nossa, e é descrita como Esposa Imaculada. Como explica São Paulo aos primeiros cristãos de Corinto, é o Corpo Místico de Cristo. (I Cor 12,12-17).
DEUS chama pessoalmente, pelo nome, a cada homem; mas, desde o princípio, “aprouve a Deus santificar e salvar os homens não singularmente, sem nenhuma conexão uns com os outros, mas constituindo-os num povo, que o conhecesse na verdade e santamente O servisse”.
Nós leigos participamos da missão profética de Cristo. Esta vocação específica leva-nos a anunciar a Palavra de Deus, não na Igreja, mas na rua: na fábrica, no escritório, no clube, na família. Os leigos proclamarão a palavra Divina, com o seu exemplo, na condição de colega de trabalho, de vizinhos, de cidadãos..., E com a sugestão oportuna, com a conversa íntima e profunda que brota da amizade verdadeira: ao aconselharem um livro, que orienta e ao desaconselharem um espetáculo que não é próprio de um homem de bem, ao infundirem alento – fazendo as vezes de Cristo- e ao prestarem com alegria um pequeno serviço.
Guarda o depósito da Fé: conserva limpo e inviolado o talento da fé católica. Aquilo em que creste isso mesmo permaneça em ti, isso mesmo entrega-o aos outros. Recebeste ouro, devolve ouro; não substituas uma coisa por outra, não ponhas chumbo em lugar de ouro, não mistures nada frauda mente. “Não quero aparência de ouro, mas ouro puro”.
O conteúdo da fé – nos primeiros tempos e hoje – encontra-se resumido no Credo, que tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, transmitidos pelos apóstolos com a assistência constante do Espírito Santo. Este conteúdo não é uma teoria abstrata acerca de Deus, mas a verdade salvadora revelada pelo Senhor; que tem umas conseqüências práticas e reais no nosso modo de ser, de pensar, de trabalhar, de agir...

Texto de Solange extraído da internet.

CARTA AOS CATEQUISTAS - PX

Prelazia do Xingu

Serviço de Animação Bíblico Catequético



Queridos (as) Catequistas,

Com a alegria de discípulos missionários, estivemos reunidos dos dias 27 a 30 de janeiro de 2011 no Centro de Formação Betânia para a realização da II Assembléia do Serviço Bíblico Catequético da Prelazia do Xingu.

O tema da Assembléia, Catequese, missão no Xingu: Caminhando para o discipulado e o lema O meu ensinamento não vem de mim mesmo, mas daquele que me enviou (cf. Jo 7,16) ajudou-nos a VER a realidade da catequese num mundo em continua transformação e que exige, em especial:

  1. Fidelidade ao anuncio do evangelho, ao conteúdo anunciado: a pessoa de Jesus Cristo.

  2. O mergulhar e o encarnar na vida dos povos, em consonância com suas alegrias e dores, atingindo seus corações.

A mudança de época, já sentida pelas paróquias da Prelazia, está alterando as relações sociais e o trabalho bíblico catequético de nossas comunidades. Faz-se necessário voltarmos nosso olhar e nossa ação para o meio ambiente e aos grandes projetos econômicos pensados para essa região, bem como para as populações atingidas por eles.

Embora tenhamos grandes desafios em nossa missão bíblico catequética, somos chamados a Recomeçar a partir de Jesus Cristo. Para isso, a catequese apresenta os seguintes passos:

  1. O Querigma ∕ Anúncio e experiência do encontro;

  2. Conversão;

  3. Discipulado;

  4. Comunhão

  5. Missão;

Também se faz urgente a necessidade da passagem de uma catequese meramente doutrinária, de conservação – manutenção, para uma catequese verdadeiramente missionária através de um projeto de iniciação cristã que apresente a pessoa de Jesus Cristo e a proposta do Reino de Deus.

O evangelho de São João, capitulo 9, relata a cura de um cego de nascença e nos auxiliou a JULGAR a ação catequética a partir da Palavra de Deus. O cego fora curado por Jesus, porém ainda não o tinha visto. Somente após um processo de discussões, questionamentos e diálogos, o cego vê em Jesus o homem, o profeta e finalmente, o Senhor, reconhecendo assim sua divindade. Em nossa vida de batizados, os olhos da fé nos ajudam a ver a Jesus e a realidade pouco a pouco no despertar do compromisso que assumimos ao nascermos para a Fé Cristã.

No Diretório Nacional de Catequese ( 38), no Documento de Aparecida (295 a 299) e no Documento Luz dos Povos, do Concílio Vaticano II, foi destacado que a liturgia é fonte inesgotável de catequese e que o RICA (Ritual de Iniciação Cristã com Adultos) é exemplo de unidade entre catequese e liturgia.

Ao revermos o objetivo da catequese, traçado em 2008, os catequistas optaram por novas metas, surgindo assim, o objetivo da Animação Bíblico Catequética da Prelazia do Xingu, que irá direcionar nossa ação evangelizadora no período de 2011 a 2015:

Anunciar Jesus Cristo, educando na fé, pelo caminho da Iniciação Cristã: crianças, jovens e adultos, vivenciando e celebrando em comunidade, formando discípulos missionários à luz da Palavra, rumo à maturidade em Cristo. (cf. Ef 4, 13).

Diante do novo objetivo e das inquietações sentidas, as regiões puderam apresentar propostas para o trabalho catequético da Igreja do Xingu. Dentre elas, destacaram-se como prioridades:

Formação Querigmática integral e permanente

1. Catequese de iniciação cristã e catecumenato.

2. Catequese litúrgica.

3. Catequese familiar.

4. Conhecer a realidade dos catequisandos.

5. Ser pacíficos e inquietos, a ter paciência com as pessoas que não entendem o que não sabem, o que entendemos e sabemos

6. A comunidade - primeira responsável pela catequese – comprometimento da comunidade

5. Organizar a catequese paroquial.

6. Mudança de atitude

7. Catequese itinerária

8. Conhecimento da Palavra de Deus e dos Documentos da igreja testemunhando a nossa fé atento a realidade.

9. Estudo sobre os grandes Projetos na Amazônia e suas conseqüências

A assembléia também foi momento de eleger a nova coordenação que ficará à frente dos trabalhos da catequese nos próximos quatro anos, sendo constituída da seguinte maneira:


Coordenação: Altamira: Marlúcia (coordenadora) e Sandra (1ª secretária)

Baixo Xingu: Cleonice (2ª secretária)

TransOeste: Antonia (Neta) (1ª tesoureira)

Alto Xingu: Ir. Marizete. (2ª tesoureira)

Médio Xingu: Erick (vice coordenador)

Assessoria: Sacerdotal: Pe. Ney,

Religiosa: Ir. Ângela.

Laical: Dóris.


Encerrada a Assembléia, ficou a motivação para que a catequese caminhe rumo à formação de discípulos missionários nesta imensa Prelazia e a vontade de transformar a realidade social deste povo que tem sede da Palavra de Deus.

Imploramos as mais copiosas bênçãos de Deus, sobre todos (as) catequistas para que a missão de Animação Bíblico Catequética desta Prelazia traga frutos de justiça, de paz e de amor.

Um abraço fraterno de todos os participantes da II Assembléia de Catequese.



Altamira, 30 de janeiro de 2011



terça-feira, 19 de abril de 2011

A CATEQUESE É A ESCOLA MAIS ORIGINAL DO MUNDO

ELA É: Uma Escola para todos
· Uma verdadeira universidade - única no sentido de abranger, entre os seus alunos, pessoas de todas as idades e de todos os graus de cultura e posição social.
Uma Escola de Serviço
· Outra característica importante da Catequese é que seus catequistas trabalham de graça. Em todo o mundo, há centenas de milhares de pessoas que oferecem gratuitamente os seus serviços, para esta missão de formação espiritual, moral e social das pessoas.
Uma Escola da vida Cristã
· A finalidade da Catequese é ensinar às pessoas a viverem um relacionamento criativo com Deus e com as pessoas: umas com as outras.
Uma Escola que canta
· A Catequese é uma Escola alegre. A música é usada desde a iniciação catequética até a catequese dos adultos. A Catequese é uma “Escola” que canta para louvar a Deus e para compartilhar alegrias.
Uma Escola da Bíblia
· A Bíblia é o livro texto da Catequese. Ela é a sua biblioteca principal; ao menos deveria ser. A seu lado, usam-se textos cuidadosamente preparados para melhor explicá-la, atendendo às necessidades dos “alunos” (catequizandos), levando em conta sua idade, interesses e capacidade.
Uma Escola do Companheirismo
· A Catequese nos ensina a vivermos juntos. A participarmos juntos dos encontros; a brincar e trabalhar juntos; a juntos ajudarmos o próximo e mostramos o amor que DEUS têm por nós.
A cantarmos e rezarmos, juntos.
Uma Escola Missionária
· A Catequese é uma expressão de obediência à ordem de Jesus: "Ide... Pregai..." Além disso, a Catequese desperta nos “alunos”(catequizandos) o desejo de contribuir e de se envolver pessoalmente na obra missionária da Igreja.
Quanto custa?Sim, quanto custa? Que taxa deve ser paga para a matrícula nesta Escola? Apenas isto: (vira um cartaz onde está escrito) - NADA. É de graça. Considerando que sua obra expressa o ensinamento do Mestre, a Catequese também está dizendo:
Melhor é dar. E está dando: oportunidades, a todos, de conhecer as leis de Deus e Seu amor, de conviver uns com os outros, de cantar e rezar juntos, de juntos buscarmos outros para que venham viver conosco as “pulsações gigantescas” de nossa Santa Madre Igreja: Católica Apostólica Romana!

Dez coisas que os catequistas deveriam saber antes de começar na catequese

1ª – Você está sendo convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa. Encare a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso;

2ª – Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar. Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;

3ª – Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar. A catequese, assim como qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o barco na primeira situação adversa;

4ª – Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com nada na catequese. Mas procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são participantes ativos. Não fiquei apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;

5ª – Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender as doutrinas e os ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos. Isso é incoerência das maiores;

6ª – Não esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos fora da Igreja. Não precisa ser um crente, mas é preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A incoerência nas ações de qualquer cristão, passa a ser um tiro no pé;

7ª – Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce para participar das reuniões propostas pela equipe da sua catequese. Procure se atualizar dos assuntos discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que aceita a mudar catequese e acha que o seu trabalho é apenas com os encontros, está fora de uma realidade de vivência em grupo;

8ª – Freqüente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os jovens e os pais não freqüentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo?

9ª – Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de conduta, acompanhe a freqüência de cada um de seus jovens, deixe claro que você possui comando. Fale alto, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e, através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser catequista por inteiro;

10ª – Seja humilde para aprender. Troque idéias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário. Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e, através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua missão.