sexta-feira, 29 de abril de 2011

Como trabalhar um encontro


Para melhor trabalhar o método de interação usa-se um procedimento, ou melhor, um itinerário, que favorece o grande objetivo da catequese: “Para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).O itinerário de um encontro, para muitos, é velho ou muito conhecido. Acontece que existem muitos catequistas iniciantes e precisam estar seguros de como proceder ao realizar algum encontro.
Acolhida:
É a sala de visita do encontro. Pode ser expressa de muitas formas: gestos, cantos, símbolos, surpresas...
É importante que todo catequizando encontre sempre um ambiente acolhedor, fraterno amigo. Seja reconhecido na sua individualidade, chamando-o pelo nome. Todo participante que se sente aceito e amado participará com mais alegria e motivação.
Olhar a vida, ou ver a realidade
Suscita a capacidade para a sensibilidade, consciência crítica, perceber com o coração e a inteligência aquilo que se passa ao redor. Não é só olhar a realidade superficialmente, mas possibilitar o aprofundamento de fatos, causas, conseqüências do sistema social, econômico-político e cultural dos problemas.
O olhar a vida é o momento de ver o chão onde vivemos e de preparar o terreno da realidade para depois jogar a semente da Palavra de Deus. A parte do ver pode ser concretizada através de desenhos, visitas, entrevistas, histórias e fatos contados, notícias, figuras, fitas de vídeo, dramatização...
Iluminar a vida com a Palavra (Julgar).
A partir da vida apresentamos a Palavra de Deus. Podemos compará-lo com a luz existente dentro de casa. Ela ilumina todo o ambiente isto é, nos mostra qual a vontade de Deus em relação à vida das pessoas, seus sonhos, necessidades, valores, esperanças...
Fazemos um confronto com as exigências da fé anunciadas por Jesus Cristo, diante da realidade refletida.
Dentro do julgar também colocamos o Aprofundamento da Palavra. Nesta parte aumentamos a luminosidade da casa para poder enxergar melhor.
É a hora que refletimos com o grupo para fazer uma ligação mais aprofundada da Palavra com a vida do dia-a-dia e perceber os apelos que Deus nos faz.
Pode-se perguntar: O que a Palavra de Deus diz para a nossa vida? Sobre o que nos chama atenção? O que precisamos mudar? Que apelos a Palavra faz para mim e para nós?
O aprofundamento pode ser feito ainda com encenações, dinâmicas, cantos, símbolos...
Celebrar a Fé e a Vida.
É um momento muito forte. É como se estivéssemos ao redor de uma mesa com um convidado especial.
O celebrar é como saborear em conjunto na alegria, ou no perdão, algo que nos alimenta porque nos dirigimos e nos aproximamos do convidado especial, que é Deus.
A celebração não deve ficar apenas na oração decorada. Os catequizandos aprenderão a conversar naturalmente com Deus como um amigo íntimo. É importante diversificar a oração usando símbolos, cantos, gestos, salmos, silêncio, frases bíblicas repetidas, relacionando sempre ao tema estudado e com a vida.
A partir das celebrações dos encontros é possível motivar os catequizandos na participação das celebrações, cultos, novenas, grupos de reflexão.
Assumir ações práticas.
Todo encontro precisa conscientizar que ser cristão não é ficar de braços cruzados, e nem ficar passivo diante da realidade.
Trata-se de encontrar passos concretos de mudança das situações onde a dignidade é ferida, a partir de critérios cristãos.
O agir é transformador e comprometedor. Está ligado à vida e à Palavra de Deus que questionam e exige a mudança nas pessoas, famílias, comunidade.
Cada catequista necessita provocar o seu grupo para ações práticas. É preciso respeitar cada faixa etária, mas não será impossível fazer algo concreto. Os compromissos podem ser discutidos e assumidos de forma individual ou grupal.
Recordar o encontro.
Não se trata aqui da aplicação de exercícios para decorar conceitos. O recordar nos leva a ruminar o que foi refletido, aprofundado, trazendo à memória algo essencial para ser fixado. A memorização é necessária, sobretudo para conteúdos básicos de nossa fé. Se for aplicada alguma atividade, que esta seja para desenvolver o espírito comunitário de fraternidade, partilha, amizade e ajuda mútua.Pode-se também pedir a ajuda para a família, sobre questões práticas.
Guardar para vida.
Este passo dá importância à Bíblia. Precisamos que nossos catequizandos tenham na vida e na fala a Palavra de Deus. A partir do assunto tratado no encontro, podemos usar uma ou duas frases, tiradas dos textos bíblicos usados que dão a síntese do conteúdo, para serem compreendidas e vivenciadas.
As frases poderão ser escritas em papéis ilustradas com desenhos, ou figuras e fixadas em local para serem vistas e memorizadas.
Avaliar.
A avaliação ajuda a alegrar-se com as descobertas feitas, pelo que aconteceu de bom. É ela também que faz verificar as falhas, corrigir o que não foi bom.
Não podemos ficar somente no que o catequizando “aprendeu”, isto é, se sabe os mandamentos, sacramentos, mas é preciso avaliar as relações interpessoais, a responsabilidade, o comprometimento, o assumir os valores evangélicos como: diálogo; partilha; capacidade de perdoar; atitudes de fraternidade.
A avaliação é um passo precioso de crescimento. Ela faz parte de qualquer encontro.
São muitas as formas de avaliar. Podem-se utilizar dinâmicas, debates, partilha em grupo, individual, ou ainda, os próprios participantes escolhem alguém que no final do encontro poderá dar a sua opinião.
A grande fonte de avaliação é a observação atenta do que ocorre durante o processo catequético. Portanto, a avaliação não é só olhada dentro de quatro paredes, mas envolve a vida toda.

Parece simples preparar um encontro, mas, como vemos, exige do (a) catequista dedicação, carinho e aprofundamento para tornar cada encontro, um espaço de crescimento mútuo.
Ao olharmos Jesus com seus apóstolos, veremos que seu método também tinha estes passos. É só verificar algumas passagens, como a dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35) ou ainda o encontro com a Samaritana (Jo 4, 1-30) ou Zaqueu (Lc 19, 1-10).
Qualquer ambiente era propício para acolher – ensinar – aprender - conviver. Para Ele a importância estava nas pessoas.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

COMO PLANEJAR EVENTOS NA CATEQUESE

GINCANA:
As gincanas são atividades recreativas de competição de equipes, coma finalidade de alegrar, confraternizar e educar. Poderão ser realizadas em uma manhã ou tarde, ou se prolongar por um dia, semana ou mês. As tarefas a serem realizadas são entregues com antecedência, para que os grupos competidores tenham tempo de tentar realizá-las. Escolhe-se um local espaçoso para a entrega das tarefas cumpridas, e premiam-se as equipes que melhor pontuação obtiver.
Veja alguns exemplos de gincana:
Gincana da história da Igreja, Gincana de passagens bíblicas, Gincana da catequese, Gincana Recreativa (Caça ao tesouro; Queimado, bandeirinha, e outros jogos, Corrida do saco, do ovo na colher, encher as garrafas, Dança das cadeiras, Cabra cega, etc.), Gincana da solidariedade (Ver as necessidades da comunidade - alimentação, remédios, material didático, material de construção, roupas, brinquedos, etc. - dividir a turma em grupos. Ao final conta-se o material recolhido e combina-se um dia para entregá-lo).

FEIRAS E EXPOSIÇÕES:
Como exemplo de feiras que podem ser feitas com os adolescentes da perseverança, temos Feira Bíblica, com exposições de trabalhos sobre a Bíblia, Feira Santa ou Feira Mariana, com trabalhos sobre a vida dos santos ou de Nossa Senhora, etc.
São eventos que favorecem a piedade religiosa, a Identidade católica, o sentido de participação conjunta em unidade com a Igreja, na vivência e no zelo pelo Evangelho.

OLIMPÍADAS E OU TORNEIOS:
Ao se programar uma olimpíada ou torneio para os catequizandos de perseverança é preciso ressaltar a finalidade de tal evento: Confraternização! Para tanto é recomendável que não se estimule a competição, mas sim a diversão. Seria interessante que fossem programados apenas esportes coletivos, para valorizar o trabalho em equipe e evitar os individualismos.

ATIVIDADES COM OS PAIS:
Objetivo - promover a integração entre famílias e comunidade eclesial, proporcionando espaço para reflexão e troca de experiências. Valorizar e resgatar o verdadeiro sentido da família, e sua importância enquanto Igreja doméstica.
“Por isso, é necessário que a comunidade cristã preste uma especial atenção aos genitores. Através de contatos pessoais, encontros, cursos e também mediante uma catequese para adultos, dirigida aos genitores, se deve ajudá-los a assumir a tarefa, 'hoje particularmente delicadas de educar os seus filhos na fé" (DGC 227).
Devemos conscientizá-los de que eles são, os primeiros responsáveis pela educação religiosa de seus filhos e que devemos caminhar juntos.
Podemos envolver os pais em muitas atividades, tais como: Participação nas celebrações do dia das mães, dia dos pais, dos avós.

Colaboração nos eventos da comunidade:
Festa do padroeiro, mês de Maria, Feira Bíblica, participação em mutirões, distribuição de mantimentos;

Promover:
Encontros de oração, gincana entre pais e filhos, palestras e debates de interesse dos adolescentes e seus pais, troca de experiências entre pais e filhos, clube de mães, passeios, dia de convívio com a Pastoral Familiar.

COMO ENSINAR AS CRIANÇAS A VIVEREM EM UNIÃO COM DEUS

Adorar não é só ficar sentado num banco como um espectador, ouvindo um líder ou Sacerdote falar sobre Deus. È pensar sobre Deus. Adorar é reservar tempo para apreciar quem é Deus é, o que Ele fez e o que está fazendo. É responder a Ele com reverência, louvor e alegria.
O primeiro passo para adorar é a aceitação agradecida do presente de Deus para nós.
A maneira de mostrar a Deus que nós O compreendemos e apreciamos, é agradecer a Ele por ter enviado Seu Filho Jesus e por Ele ter sofrido a morte de Cruz para nos salvar. Se aceitarmos Jesus como Salvador, o próprio Senhor virá viver em nós, e compreenderemos como Deus é verdadeiramente grande e bom. Depois disso é que começa a verdadeira adoração.
Adore a Deus quando estiver sozinho.
Adore a Deus em companhia de outros.
Deus quer que nós O adoremos junto a outras pessoas também. Mas ir à igreja ou participar de um Encontro não significa que você está adorando. Você O adora especialmente quando faz uma visita ao Sacrário e silencia na presença DELE ou quando O recebe no Sacramento da Santíssima Eucaristia.
Mas você pode adorar a Deus a qualquer hora, em qualquer lugar, quando pensa em Deus ao cantar, rezar, quando aprende Sua Palavra é preciso aprender a viver cada dia pensando sobre Deus e agradecendo a Ele por ser Quem é e pelo que fez. Quando o sol, ou a chuva, baterem em sua janela pela manhã, agradeça a Deus por dar-lhe um novo dia. Entoe uma melodia de louvor enquanto veste. Ajoelhe-se junto à sua cama e adore a Deus, entregando-se a Ele para servi-lO durante o dia. Lembre-se também de que está cercado pelas Suas maravilhas. Aprecie a água quando lava o rosto. Note as cores, os tecidos e os perfumes. Pense sobre a fruta, o leite, o pão que vai comer no café da manhã. A criação de Deus não é realmente prodigiosa? Enquanto vai para a escola, olhe o lindo céu, as árvores, as flores e os animais. Sinta o seu coração batendo, examine os seus dedos em ação. Reflita! O Deus maravilhoso que fez você e todas as coisas; passa o dia ao seu lado. Diga a Ele como está grato pelo Seu amor e pela promessa do Seu cuidado contínuo. Alegre-se com a Sua presença desde o momento em que acorda até a hora em que faz a sua oração da noite.
Use a Palavra de Deus para ajudar você a adorar.
Permita que a Palavra de Deus o ajude a se concentrar n'Ele e nas Sua obras. Os Salmos e muitas outras passagens das Escrituras são palavras de louvor ditas a Deus, e você pode usar algumas passagens, como oração a Deus: “Obrigado, Deus, por ser meu pastor, por prometer que nada vai me faltar”.
Adore a Deus em oração. Outra parte da adoração é falar com Deus e dizer o quanto Ele é maravilhoso. Termine uma dessas sentenças numa oração de louvor a Deus: “Deus eu te amo por que...” “Deus, eu te louvo por que...” “Tu és maravilhoso Deus, por que...”
Cante, cantar ajudará você a dizer a Deus que O ama .
Faça uma oferta de todo seu ser como um Ato de adoração.Oferte ao Bom Deus seu ser, seu coração, seu corpo, sua alma, seus talentos, seu tempo.Ajude sua Igreja,doando seu dízimo para sustentar sua paróquia e os trabalhos que ela desenvolve em sua comunidade,(cf. Malaquias3,10); ajude as pessoas necessitadas. Deus recompensará a nossa oferta.
Adorar é bom! Os que fazem da adoração uma parte de sua vida diária, descobrem o segredo de uma alegria verdadeira e duradoura.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Como contar histórias

Passe segurança! Não se desculpe ao começar, nem em palavras nem com uma expressão corporal encurvada. Conte em suas próprias palavras. Deixe a imaginação funcionar - isto é o que cria mágica e não malabarismos da memória. Se der branco, continue. Não faça caretas, xingos, nem se desculpe. Continue descrevendo detalhes de cores, locais; isto estimula a imaginação e ajuda a memória. Ou então faça uma pausa, olhando todos nos olhos, como para levantar suspense (não olhe para o chão). Improvise!
Mantenha as histórias até 10 minutos de extensão. Ensaie e cronometre.
A introdução é crucial. "Você vai ganhar ou perder nos 3 primeiros minutos dependendo de como você começa".Você tem que criar sua "sessão solene” no grupo de crianças, cada uma com seus próprios pensamentos e focos de atenção, antes que você possa começar a contar uma história para elas. Deve haver, na introdução, o indício de que coisas instigantes irão acontecer, incitando a curiosidade, unindo as crianças em antecipação. Não dê tudo na introdução. Sempre mantenha um certo nível de mistério, antecipação e surpresa durante toda a história.
Nós adultos tendemos a subestimar a capacidade das crianças de imaginar e fantasiar, e assim, muitas vezes fazemos muitos esforços para explicar ou justificar o "cenário" ou explicar tudo com detalhes. Na verdade o que atrai as crianças é a possibilidade de entender os aspectos implausíveis da história depois; o que é ótimo, você tem a atenção delas e elas ficarão pensando no que você disse.
Para contar histórias você precisa de um pouco de habilidade em vendas, sinceridade (não tente fingir alegria, tristeza, etc.. seja verdadeiro!), entusiasmo verdadeiro (não ser barulhento ou artificial), animação (em gestos, voz, expressão facial) e mais importante, ser você mesmo.
Nós queremos que a mensagem chegue clara e bem definida. Nosso objetivo é comunicar as verdades da Bíblia de uma maneira pessoal e com uma aplicação clara. Seja qual for a maneira que você conte a história, tenha certeza de ser objetivo! Não assuma que as crianças vão entender. Torne a história o mais real possível. Barret diz para não "contar a história de uma maneira cansada ou mal resumida. Pule dentro da narrativa, com a mesma intensidade que os fatos... Escolha UM ponto e conte-o como se fosse a notícia mais interessante do mundo". Mantenha simples e direto
Uma vez terminada a história, não fique divagando e corrigindo. Deixe os pensamentos das crianças presos no ponto da história, na mensagem central dela.
Quanto mais você praticar, melhores ficarão as suas técnicas. Teste diferentes métodos, seja criativo. Você sempre aprende de suas próprias experiências. Não seja extremamente tímido ou preocupado "com o que os outros irão dizer se..." Não tenha medo de ser um “palhaço” ou fazer papel de “bobo” para as crianças. Humildade, amor e oração são elementos importantes para contar histórias, juntamente com criatividade e inovação. As crianças pegam muito mais do que a história de você; elas percebem o seu entusiasmo pessoal com a mensagem. Elas precisam ver que você foi tocado pela Palavra. Prepare o seu coração enquanto prepara a história.
Tenha certeza de colocar algum drama, suspense na história. Deve haver uma situação que dirija ao clímax e ao final da história. O conflito pode ser introduzido imediatamente ou aos poucos para aumentar o suspense e a intriga. Tente levar os ouvintes a se preocupar junto com os personagens e se envolver com o que acontece.
O catequista deve estudar a lição muito bem. Você precisa saber muita coisa para poder ensinar um pouquinho.
Crianças aprendem com seus sentidos. Elas adoram sentir, cheirar, tocar, escutar e ver. Descreva personagens e locais vividamente, ajudando-os a solidarizar-se com os personagens.
Numa audiência mista, tente colocar a história ao nível do mais novo.
Características de uma boa história:
· Tema único e bem definido.
· Enredo bem desenvolvido.
· Estilo: imagens vívidas, sons e ritmo agradáveis.
· Caracterização.
· Coerente com a fonte.
· Apelo dramático.
· Apropriado; adequado aos ouvintes.
Traduzido e adaptado de "Principles of Story Telling": Barry McWilliams

O CATEQUISTA DEVE CONHECER E ENVOLVER OS CATEQUIZANDOS


Conhecer os catequizandos.
Muitos catequistas só olham para o grupo que têm por diante. Não olham para cada catequizando. Não conhecem a personalidade de cada criança nem as vidas que levam.
Antes de começar a catequese, é bom acolher cada um com um sorriso e fazer-lhe a pergunta: "O que é que te aconteceu de importante esta semana?" "De um a cinco, como foi a tua semana?". Estas perguntas dão aos catequistas uma perspectiva sobre a vida de cada catequizando e ajudam a fazer catequeses mais em sintonia com a vida real dos catequizandos.
Envolver os catequizandos
Os catequizandos devem ser participantes e não apenas consumidores passivos do caminho de fé.
Para envolver as crianças e adolescentes, o catequista:
Não usará o guia de forma rígida;
Não se limitará a ler os comentários;
Não será o único a falar, mas ajudará todos a exprimirem-se;
Ajudará a ler a Palavra de Deus na vida;
Falará menos da sua vida e mais da vida de Deus e da vida dos catequizandos;
Vai transformar a "aula de catequese" num grupo-comunidade.
 
Agenda Catequista- Edições Salesianas

Catequistas, Catequizandos e Coordenação

Dentro da estrutura paroquial, a catequese tem seu Coordenador Paroquial, que é o representante da Pastoral da Catequese no CPP (Conselho Paroquial de Pastoral) e na Diocese. O coordenador recebe o mandato do Pároco para um período de 2 (dois) anos e este apresenta ao pároco 4 (quatro) membros para compor a equipe paroquial que atuará na catequese segundo as idades como segue:

Pré Catequese de 7 a 8 anos de idade
Cat. de Eucaristia de 9 a 11 anos (mínimo de 3 anos de preparação)
Cat. de Perseverança de 12 a 13 anos
Cat. de Crisma de 14 a 17 anos (mínimo de 2 anos de preparação)
Cat. c/ Adultos a partir de 18 anos (mínimo 10 meses de preparação)

A catequese não é tarefa meramente individual, mas realiza-se sempre na comunidade cristã, onde o catequista descobre sua identidade de discípulos (as) de Jesus. É pela participação na vida da comunidade que se desenvolve o espírito de partilha, fraternidade e solidariedade.

A acolhida dos catequizandos nas comunidades é um momento especial da catequese, onde todos se sentem membros da família cristã. A inscrição se dá através da ficha paroquial preenchida na comunidade em que o catequizando participa e se exige a presença dos pais ou responsáveis, cópia da certidão de nascimento e da certidão do Batismo. A ficha deve ser sempre atualizada pelo catequista e mantida em perfeita ordem.

Para exercer o ministério catequético, exige-se que o (a) catequista:
Seja uma pessoa inserida na comunidade, tenha vivência pessoal e comunitária da fé e esteja disposto(a) a trabalhar em grupo e em comunidade;
Tenha consciência de que foi chamado (a) por Deus para este ministério que não é exercido em nome próprio, mas em nome de Deus;
Tenha disponibilidade de tempo (não pode ser usado o tempo que sobra, exige-se mais);
Tenha 16 anos completos e já recebido o sacramento do crisma;
Participe das reuniões para estudo, oração, avaliação e planejamento da catequese;
Participe de cursos e formação catequética em nível paroquial;
Conheça seus catequizandos e famílias.

Em cada comunidade da paróquia, o Grupo de Catequistas elege um coordenador que, juntamente com o CCP (Conselho Comunitário de Pastoral) planeja e dá subsistência à Catequese através do Conselho Administrativo. O coordenador eleito na comunidade participa da reunião paroquial e assim faz a ligação entre a catequese comunitária e paroquial.

Os catequistas não custeiam as despesas da catequese por fundo, conta própria ou por promoções isoladas. Todas as despesas são de competência do Conselho Administrativo da comunidade, com participação dos catequistas, catequizandos e famílias, através do dízimo.

A coordenação não é uma função, mas uma missão que brota da vocação batismal de servir, animar, coordenar. Faz o processo avançar, cria relações fraternas, promove a pessoa humana, a justiça e a solidariedade. Deve ser missionária, inserida na comunidade, formadora de atitudes evangélicas, comprometida com a caminhada da catequese e com as linhas orientadoras da diocese.

São elementos e tarefas da Coordenação em todos os níveis
Assumir o ministério como uma missão que brota de uma experiência de vida comunitária;
Despertar entre os catequistas a espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo e o estudo da Palavra de Deus;
Assumir as exigências da coordenação como um poder-serviço em benefício do crescimento das pessoas e da comunidade;
Criar uma rede de comunicação entre as diversas instâncias: comunidade, paróquia, diocese, regional e nacional;
Perceber a realidade e estrutura da graça, mais do que a eficiência e o ativismo;
Envolver membros das comunidades e catequistas das várias etapas da catequese (adultos, jovens, crianças);
Articular com todos os catequistas os projetos e programas assumidos em conjunto;
Responsabilizar-se para que as propostas e orientações da catequese sejam levadas a efeito;
Promover reuniões periódicas para programar, avaliar e dar nova condução a trabalhos sem eficiência;
Assegurar juntamente com o pároco, formação adequada e permanente a todos os catequistas e o acompanhamento das famílias;
Orientar, animar e coordenar a catequese paroquial em todos os níveis, elaborando em conjunto o planejamento paroquial constando: objetivos, princípios, orientadores, projetos, cronograma e responsabilidades;
Desenvolver qualidades necessárias para um bom trabalho em equipe: capacidade de escuta, aprender a dialogar, reconhecer os valores do grupo, proporcionar o crescimento da consciência crítica, promover a participação, incentivar para o compromisso; expressar solidariedade nas dificuldades, nas alegrias e ter um espírito organizativo.

Catequese, Conjuntos de Esforços para fazer Discípulos

Catequese é o conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, através da fé, tenham a vida em Nome Dele, para educá-los e instruí-los nesta vida, e assim construir o Corpo de Cristo.
A Igreja é um mistério, não só na profundidade da sua vida, mas também enquanto realidade não apenas humana e histórica e visível, mas divina e superior à nossa capacidade natural de conhecer (Paulo VI, alocução, 27.04.1966)
A Sagrada Escritura esclarece-nos a natureza da Igreja mediante diversas figuras que se complementam. Todas têm Jesus Cristo por centro e giram em torno da unidade: A Igreja é como:
·Um redil (rebanho), cuja porta é Cristo; cujo Bom Pastor – Jesus – nunca o deixará entregue às mãos do inimigo ou sem pastos; campo e vinha do Senhor;
·Edifício, cuja pedra angular é Cristo e que tem por alicerce os apóstolos e em que os fiéis realizam a função de pedras vivas.
·Também é chamada Jerusalém do Alto e Mãe nossa, e é descrita como Esposa Imaculada. Como explica São Paulo aos primeiros cristãos de Corinto, é o Corpo Místico de Cristo. (I Cor 12,12-17).
DEUS chama pessoalmente, pelo nome, a cada homem; mas, desde o princípio, “aprouve a Deus santificar e salvar os homens não singularmente, sem nenhuma conexão uns com os outros, mas constituindo-os num povo, que o conhecesse na verdade e santamente O servisse”.
Nós leigos participamos da missão profética de Cristo. Esta vocação específica leva-nos a anunciar a Palavra de Deus, não na Igreja, mas na rua: na fábrica, no escritório, no clube, na família. Os leigos proclamarão a palavra Divina, com o seu exemplo, na condição de colega de trabalho, de vizinhos, de cidadãos..., E com a sugestão oportuna, com a conversa íntima e profunda que brota da amizade verdadeira: ao aconselharem um livro, que orienta e ao desaconselharem um espetáculo que não é próprio de um homem de bem, ao infundirem alento – fazendo as vezes de Cristo- e ao prestarem com alegria um pequeno serviço.
Guarda o depósito da Fé: conserva limpo e inviolado o talento da fé católica. Aquilo em que creste isso mesmo permaneça em ti, isso mesmo entrega-o aos outros. Recebeste ouro, devolve ouro; não substituas uma coisa por outra, não ponhas chumbo em lugar de ouro, não mistures nada frauda mente. “Não quero aparência de ouro, mas ouro puro”.
O conteúdo da fé – nos primeiros tempos e hoje – encontra-se resumido no Credo, que tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, transmitidos pelos apóstolos com a assistência constante do Espírito Santo. Este conteúdo não é uma teoria abstrata acerca de Deus, mas a verdade salvadora revelada pelo Senhor; que tem umas conseqüências práticas e reais no nosso modo de ser, de pensar, de trabalhar, de agir...

Texto de Solange extraído da internet.

CARTA AOS CATEQUISTAS - PX

Prelazia do Xingu

Serviço de Animação Bíblico Catequético



Queridos (as) Catequistas,

Com a alegria de discípulos missionários, estivemos reunidos dos dias 27 a 30 de janeiro de 2011 no Centro de Formação Betânia para a realização da II Assembléia do Serviço Bíblico Catequético da Prelazia do Xingu.

O tema da Assembléia, Catequese, missão no Xingu: Caminhando para o discipulado e o lema O meu ensinamento não vem de mim mesmo, mas daquele que me enviou (cf. Jo 7,16) ajudou-nos a VER a realidade da catequese num mundo em continua transformação e que exige, em especial:

  1. Fidelidade ao anuncio do evangelho, ao conteúdo anunciado: a pessoa de Jesus Cristo.

  2. O mergulhar e o encarnar na vida dos povos, em consonância com suas alegrias e dores, atingindo seus corações.

A mudança de época, já sentida pelas paróquias da Prelazia, está alterando as relações sociais e o trabalho bíblico catequético de nossas comunidades. Faz-se necessário voltarmos nosso olhar e nossa ação para o meio ambiente e aos grandes projetos econômicos pensados para essa região, bem como para as populações atingidas por eles.

Embora tenhamos grandes desafios em nossa missão bíblico catequética, somos chamados a Recomeçar a partir de Jesus Cristo. Para isso, a catequese apresenta os seguintes passos:

  1. O Querigma ∕ Anúncio e experiência do encontro;

  2. Conversão;

  3. Discipulado;

  4. Comunhão

  5. Missão;

Também se faz urgente a necessidade da passagem de uma catequese meramente doutrinária, de conservação – manutenção, para uma catequese verdadeiramente missionária através de um projeto de iniciação cristã que apresente a pessoa de Jesus Cristo e a proposta do Reino de Deus.

O evangelho de São João, capitulo 9, relata a cura de um cego de nascença e nos auxiliou a JULGAR a ação catequética a partir da Palavra de Deus. O cego fora curado por Jesus, porém ainda não o tinha visto. Somente após um processo de discussões, questionamentos e diálogos, o cego vê em Jesus o homem, o profeta e finalmente, o Senhor, reconhecendo assim sua divindade. Em nossa vida de batizados, os olhos da fé nos ajudam a ver a Jesus e a realidade pouco a pouco no despertar do compromisso que assumimos ao nascermos para a Fé Cristã.

No Diretório Nacional de Catequese ( 38), no Documento de Aparecida (295 a 299) e no Documento Luz dos Povos, do Concílio Vaticano II, foi destacado que a liturgia é fonte inesgotável de catequese e que o RICA (Ritual de Iniciação Cristã com Adultos) é exemplo de unidade entre catequese e liturgia.

Ao revermos o objetivo da catequese, traçado em 2008, os catequistas optaram por novas metas, surgindo assim, o objetivo da Animação Bíblico Catequética da Prelazia do Xingu, que irá direcionar nossa ação evangelizadora no período de 2011 a 2015:

Anunciar Jesus Cristo, educando na fé, pelo caminho da Iniciação Cristã: crianças, jovens e adultos, vivenciando e celebrando em comunidade, formando discípulos missionários à luz da Palavra, rumo à maturidade em Cristo. (cf. Ef 4, 13).

Diante do novo objetivo e das inquietações sentidas, as regiões puderam apresentar propostas para o trabalho catequético da Igreja do Xingu. Dentre elas, destacaram-se como prioridades:

Formação Querigmática integral e permanente

1. Catequese de iniciação cristã e catecumenato.

2. Catequese litúrgica.

3. Catequese familiar.

4. Conhecer a realidade dos catequisandos.

5. Ser pacíficos e inquietos, a ter paciência com as pessoas que não entendem o que não sabem, o que entendemos e sabemos

6. A comunidade - primeira responsável pela catequese – comprometimento da comunidade

5. Organizar a catequese paroquial.

6. Mudança de atitude

7. Catequese itinerária

8. Conhecimento da Palavra de Deus e dos Documentos da igreja testemunhando a nossa fé atento a realidade.

9. Estudo sobre os grandes Projetos na Amazônia e suas conseqüências

A assembléia também foi momento de eleger a nova coordenação que ficará à frente dos trabalhos da catequese nos próximos quatro anos, sendo constituída da seguinte maneira:


Coordenação: Altamira: Marlúcia (coordenadora) e Sandra (1ª secretária)

Baixo Xingu: Cleonice (2ª secretária)

TransOeste: Antonia (Neta) (1ª tesoureira)

Alto Xingu: Ir. Marizete. (2ª tesoureira)

Médio Xingu: Erick (vice coordenador)

Assessoria: Sacerdotal: Pe. Ney,

Religiosa: Ir. Ângela.

Laical: Dóris.


Encerrada a Assembléia, ficou a motivação para que a catequese caminhe rumo à formação de discípulos missionários nesta imensa Prelazia e a vontade de transformar a realidade social deste povo que tem sede da Palavra de Deus.

Imploramos as mais copiosas bênçãos de Deus, sobre todos (as) catequistas para que a missão de Animação Bíblico Catequética desta Prelazia traga frutos de justiça, de paz e de amor.

Um abraço fraterno de todos os participantes da II Assembléia de Catequese.



Altamira, 30 de janeiro de 2011



terça-feira, 19 de abril de 2011

A CATEQUESE É A ESCOLA MAIS ORIGINAL DO MUNDO

ELA É: Uma Escola para todos
· Uma verdadeira universidade - única no sentido de abranger, entre os seus alunos, pessoas de todas as idades e de todos os graus de cultura e posição social.
Uma Escola de Serviço
· Outra característica importante da Catequese é que seus catequistas trabalham de graça. Em todo o mundo, há centenas de milhares de pessoas que oferecem gratuitamente os seus serviços, para esta missão de formação espiritual, moral e social das pessoas.
Uma Escola da vida Cristã
· A finalidade da Catequese é ensinar às pessoas a viverem um relacionamento criativo com Deus e com as pessoas: umas com as outras.
Uma Escola que canta
· A Catequese é uma Escola alegre. A música é usada desde a iniciação catequética até a catequese dos adultos. A Catequese é uma “Escola” que canta para louvar a Deus e para compartilhar alegrias.
Uma Escola da Bíblia
· A Bíblia é o livro texto da Catequese. Ela é a sua biblioteca principal; ao menos deveria ser. A seu lado, usam-se textos cuidadosamente preparados para melhor explicá-la, atendendo às necessidades dos “alunos” (catequizandos), levando em conta sua idade, interesses e capacidade.
Uma Escola do Companheirismo
· A Catequese nos ensina a vivermos juntos. A participarmos juntos dos encontros; a brincar e trabalhar juntos; a juntos ajudarmos o próximo e mostramos o amor que DEUS têm por nós.
A cantarmos e rezarmos, juntos.
Uma Escola Missionária
· A Catequese é uma expressão de obediência à ordem de Jesus: "Ide... Pregai..." Além disso, a Catequese desperta nos “alunos”(catequizandos) o desejo de contribuir e de se envolver pessoalmente na obra missionária da Igreja.
Quanto custa?Sim, quanto custa? Que taxa deve ser paga para a matrícula nesta Escola? Apenas isto: (vira um cartaz onde está escrito) - NADA. É de graça. Considerando que sua obra expressa o ensinamento do Mestre, a Catequese também está dizendo:
Melhor é dar. E está dando: oportunidades, a todos, de conhecer as leis de Deus e Seu amor, de conviver uns com os outros, de cantar e rezar juntos, de juntos buscarmos outros para que venham viver conosco as “pulsações gigantescas” de nossa Santa Madre Igreja: Católica Apostólica Romana!

Dez coisas que os catequistas deveriam saber antes de começar na catequese

1ª – Você está sendo convidado para uma missão e não para uma simples tarefa que qualquer um executa. Encare a catequese como algo sério, comprometedor, útil. Suas palavras e suas ações como catequista terão efeito multiplicador se forem realizadas com ânimo e compromisso;

2ª – Sorria ao encontrar seus catequizandos. Um catequista precisa sorrir mesmo quando tudo parece desabar. Execute sua tarefa com alegria e não encare os encontros de catequese como um fardo e ser carregado;

3ª – Se no primeiro contratempo que aparecer você desistir, é melhor nem começar. A catequese, assim como qualquer outra atividade, apresenta situações difíceis. Mas que graça teria a missão de um catequista se tudo fosse muito fácil? Seja insistente e que sua teimosia lhe permita continuar nesta missão e não abandonar o barco na primeira situação adversa;

4ª – Torne os pais de seus catequizandos aliados e não inimigos. Existem muitos pais que não querem nada com nada na catequese. Mas procure centrar o seu foco naqueles que estão empolgados, interessados e são participantes ativos. Não fiquei apenas reclamando as ausências. Vibre com as presenças daqueles que são compromissados com a catequese e interessados pela vida religiosa de seus filhos;

5ª – Lembre-se sempre que você é um catequista da Igreja Católica. Por isso você precisa defender as doutrinas e os ensinamentos católicos. Alguns catequistas que se aventuram da tarefa da catequese, as vezes, por falta de preparo, acabam fazendo, nos encontros, um papel contrário aquilo que a Igreja prega sobre diversos assuntos. Isso é incoerência das maiores;

6ª – Não esqueça da sua vida pessoal. Por ser catequista, a visibilidade é maior. Então cuide muito dos seus atos fora da Igreja. Não precisa ser um crente, mas é preciso falar uma coisa e agir da mesma forma. A incoerência nas ações de qualquer cristão, passa a ser um tiro no pé;

7ª – Saiba que você faz parte de um grupo de catequistas e não é um ser isolado no mundo. Por isso, se esforce para participar das reuniões propostas pela equipe da sua catequese. Procure se atualizar dos assuntos discutidos e analisados nestas reuniões. Esta visão comunitária é essencial na catequese. Catequista que aceita a mudar catequese e acha que o seu trabalho é apenas com os encontros, está fora de uma realidade de vivência em grupo;

8ª – Freqüente a missa. Falamos tanto nisso nos encontros, reuniões e retiros de catequese e cobramos que os jovens e os pais não freqüentam as celebrações no final de semana. O pior é que muitos catequistas também não vão à missa. Como exigir alguma coisa se não damos o exemplo?

9ª – Seja receptivo com todos, acolhedor, interessado. Mas isso não significa ser flexível demais. Tenha regras de conduta, acompanhe a freqüência de cada um de seus jovens, deixe claro que você possui comando. Fale alto, tenha postura corporal nos encontros, chegue no horário marcado, avise com antecedência quando precisar se ausentar, mantenha contato com os pais pelo menos uma vez por mês. Você é o catequista e, através de você, o reino de Deus está sendo divulgado. Por isso, você precisa não apenas “aparentar”, mas ser catequista por inteiro;

10ª – Seja humilde para aprender. Troque idéias com os seus colegas catequistas. Peça ajuda se for necessário. Ouça as sugestões e nunca pense que você é o melhor catequista do mundo. Não privilegie ninguém e trate todos com igualdade. Somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. É Ele quem opera quem nos conduz e, através de nós, evangeliza. Seja simples, humilde e ao mesmo tempo forte e guerreiro para desempenhar a sua missão.